Linha Capitalizar Mais: Caso de Sucesso

A IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento, S.A. foi criada, no final de 2014, com o objetivo de colmatar as falhas de mercado no acesso das empresas portuguesas ao financiamento, contribuindo para o desenvolvimento económico e promovendo a criação de riqueza e emprego em Portugal. (Artigo de opinião por Pedro Magalhães, Diretor de Negócio na IFD)

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Sendo uma entidade grossista, ou como designado pelos nossos vizinhos espanhóis, um “banco de segundo piso”, ainda que esteja sujeita à supervisão do Banco de Portugal, não recebe depósitos, nem pode financiar diretamente as empresas. Atua estabelecendo parcerias com intermediários financeiros, sejam eles Bancos, Sociedades de Garantia Mútua, Business Angels ou Sociedades de Capital de Risco, que são os veículos que canalizam os fundos para as empresas.

A ambição da IFD é a de alavancar fundos públicos, mas sobretudo privados, que permitam reforçar os capitais próprios das empresas viáveis, sejam pequenas ou médias empresas (PME) ou empresas de média capitalização (mid-caps), mas também apoiar a conceção de créditos com maturidades longas, nomeadamente através da partilha de risco com os intermediários financeiros. Por forma a alongar as maturidades, a IFD desenvolveu uma linha de crédito com garantia, a Linha Capitalizar Mais que, recorrendo à virtuosidade do sistema nacional de garantia mútua, permite que os créditos concedidos às PME beneficiem de uma partilha de risco entre as várias entidades parceiras. Este mecanismo de garantia e contra-garantia permite ainda potenciar a redução do custo de financiamento às empresas, permitindo assim o acesso ao crédito a empresas que, de outra forma, não o conseguiriam.

Vivemos tempos em que o capital de risco reúne uma maior atenção e atratividade, sendo na indústria a fonte de financiamento mais trendy. Tem, indiscutivelmente, o seu espaço e as suas vantagens para o ecossistema empreendedor em Portugal. Não é, contudo, um mecanismo de financiamento acessível a todas as empresas e a todos os modelos de negócio. Também não se esperaria que fosse.

Neste enquadramento, a Linha Capitalizar Mais merece destaque como um instrumento de financiamento de âmbito mais alargado: permite apoiar o investimento de microempresas de cariz mais familiar, mas também projetos inovadores mais estruturados e de capital intensivos. Estamos a falar de um instrumento, enquadrado no âmbito do Programa Capitalizar, que, sendo disponibilizado por praticamente todas as instituições de crédito a operar em Portugal, financia projetos de norte a sul do país, desde empresas localizadas nos grandes centros empresariais, até aos projetos de reforço da capacidade instalada nas regiões de menor densidade populacional e empresarial. A capilaridade que caracteriza a Linha Capitalizar Mais, enquanto fonte de financiamento para projetos de investimento, fica demonstrada pelos números de execução que regista, tendo já apoiado mais de 2.500 empresas, para um montante de financiamento aprovado de mais de mil milhões de euros. O impacto na economia, em especial no setor empresarial e no emprego criado, é revelador quando se tem em consideração que grande parte da execução foi registada nos últimos 12 meses. A atuação da IFD no mercado, ainda que seja uma entidade relativamente recente, tem-se revelado pela capacidade de desenvolver novos instrumentos financeiros que vão ao encontro das necessidades de financiamento das empresas, oferecendo um conjunto de mecanismos distintos de apoio ao investimento, nos quais não podemos deixar de destacar a Linha Capitalizar Mais.

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