A Engenharia ao serviço da energia e das telecomunicações

A First Rule é responsável pela gestão de infraestruturas de alojamento de redes de comunicação e pela criação de soluções de produção de energia renovável. O engenheiro Jorge Lourenço, CEO da empresa, destaca o posicionamento da First Rule enquanto entidade terceira no que respeita à produção de energia renovável e o seu papel no desenvolvimento de um sistema de gestão de infraestruturas para os municípios nacionais.

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A First Rule desenvolve a sua atividade nas áreas da energia e das telecomunicações. Como caracteriza o seu posicionamento no mercado nestas duas áreas?

Somos um player que se foca na criação de eficiência de processos, concentrando a sua oferta nas telecomunicações na gestão de infraestruturas de alojamento de redes de comunicações em via pública e privada, bem como na energia, através da sua equipa de engenharia, que projeta, desenvolve e opera soluções de produção de energia renovável, com fonte solar e de biomassa, no regime da pequena produção.

Quais os principais desafios, atualmente, na área das telecomunicações, considerando que está a atravessar uma mudança centrada no 5G?

A implantação do 5G está a começar no nosso país, exigindo, no mundo das infraestruturas, uma oferta que assegure a sua disseminação com o menor impacto possível na arquitetura e layout dos nossos arruamentos, não nos podendo esquecer que todos estes equipamentos necessitam de energia 24 horas. É fundamental uma boa gestão de infraestruturas, que permita corresponder a esta necessidade de alojamento, bem como de novas fontes de energia, que assegure o bom funcionamento desta nova rede.

Em Portugal, as energias renováveis são uma grande aposta. Quais os principais serviços que prestam e os desafios que o futuro apresenta, neste setor?

A nossa oferta consiste no desenvolvimento da produção distribuída, acreditando que a sociedade só conseguirá corresponder às necessidades energéticas que crescem dia a dia – devido a tudo aquilo que temos conectado, atualmente, seja em nossas casas, na rua, ou mesmo na nossa viatura – se, no futuro, vivermos todos como uma Comunidade Energética de Serviços. Assim, a First Rule projeta, concebe e opera centrais solares fotovoltaicas de produção de eletricidade em autoconsumo e venda à rede, bem como soluções de biomassa para o aquecimento térmico e produção de eletricidade. As nossas soluções procuram interligar os nossos projetos como pequenas comunidades energéticas, sejam elas de autoconsumo coletivo em áreas privadas, ou através da rede do operador de distribuição de eletricidade de Baixa e Média Tensão.

Como caracteriza a solução de luminárias apresentada pela First Rule aos municípios nacionais?

A First Rule representa equipamentos de elevada qualidade, que permitem não só poupanças de mais de 50 por cento do consumo energético para as autarquias como, face às mesmas serem homologadas pelo principal operador de rede de iluminação pública, se encontrarem na rede em diversos pontos de Portugal.

A inovação e a criatividade são fundamentais num mundo empresarial onde a tecnologia muda diariamente. Como lida a First Rule com esta questão?

A inovação e a criatividade são os princípios basilares da First Rule e, como prova disso, fomos a primeira empresa a desenvolver um sistema de gestão de infraestruturas para as autarquias em Portugal, garantindo a redução de intervenções na via pública e assegurando a partilha de infraestruturas em iguais condições para todos os prestadores de serviços de comunicação. Na energia, desenvolvemos o modelo de entidade terceira, ou seja, a utilização de cobertura de terceiros para a produção de energia através de fonte de energia solar, sendo a maior prova disso as mais de 200 centrais que desenvolvemos, projetámos, instalámos e operámos em estações ferroviárias, escolas, barragens, centrais de tratamento de resíduos, autarquias e cooperativas, assegurando a descarbonização e, ao mesmo tempo, uma receita proveniente da ocupação de espaço.

Quais os desafios de futuro para a First Rule que gostava de destacar?

Acreditando que os setores de serviços de telecomunicações e energia tendem a convergir na sua oferta, o nosso desafio passa por integrar, dentro das nossas valências de gestão de infraestruturas e soluções de produção, a gestão de redes energéticas, sendo fundamental continuarmos a desenvolver as valências da nossa equipa, de forma a assegurar a sustentabilidade das nossas soluções.