“A intermediação assegura conhecimento financeiro ao cliente”

Giovanna Almeida é intermediária de crédito e a responsável pela Concretiza e Realiza, da rede Maxfinance, em conjunto com o marido, Joaquim Andrade. Nesta entrevista, destaca a importância de um intermediário de crédito na vida de uma família, sobretudo quando as dificuldades para pagar as prestações dos seus créditos se adensam.

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Como ajuda a Concretiza e Realiza as famílias que a ela recorrem, no que concerne aos créditos, sobretudo crédito habitação?

O nosso foco é ajudar os nossos clientes a reconhecer que no mercado existem várias opções de financiamento, com diferentes taxas de juros – e que inclusive é possível negociar entre os Bancos taxas abaixo do valor padrão.
Existem ainda condições especiais para clientes Private. Como temos um volume de negócios significativo, o nosso poder de negociação é ainda mais efetivo. A diferença deste negócio também está nas pessoas – temos uma equipa competente e parcerias de qualidade para dar respaldo aos pedidos dos clientes.

Aquando do acompanhamento das situações dos clientes, que análise faz aos créditos que os clientes possuem? É notório algum desconhecimento, aquando da contratação inicial do crédito?

Verifica-se que ainda há muita falta de literacia financeira em relação aos produtos financeiros. O nosso objetivo consiste precisamente em apoiar e aconselhar os clientes de forma literária e objetiva, para que os mesmos possam fazer juízo de valor em relação aos créditos que já possuem.

Qual o impacto que tem, na vida de uma família, uma renegociação de crédito? Que diferença pode fazer no orçamento familiar?

A diferença pode ser muito grande, pois alivia significativamente a pressão que as famílias atualmente vivem. Falamos aqui numa redução de até 60% no valor das prestações que as famílias pagam mensalmente. No
cenário atual, a tomada de decisões informada impede que as mesmas tenham graves problemas financeiros no futuro.

Considerando as dificuldades cada vez maiores de obter crédito bancário, quão importante seria que as pessoas tivessem um maior conhecimento do papel do intermediário de crédito e daquilo que este pode fazer por elas, aquando da contratação de um crédito?

No que diz respeito à obtenção de crédito em Portugal, aplicam-se taxas de juros a nível europeu, mas os salários não acompanham esta realidade. Com o acompanhamento de um profissional que domina toda a parte burocrática, este cliente vai conseguir um processo mais célere com menos dificuldades, e não oneroso, tendo em conta que o nosso serviço é totalmente gratuito. É o mesmo que ir para um julgamento com um advogado – O que optaria, ir com ou sem ele?

O Governo já fez saber que vai aprovar medidas de apoio às famílias, para que seja possível conter o impacto da subida das prestações bancárias dos agregados familiares. Que considerações lhe merece este novo pacote de medidas?

Consideramos que remendos não resolvem problemas, estão apenas a empurrá-lo para a frente. As medidas anunciadas não passam de moratórias, ou seja, o cliente não paga agora, mas vai pagar mais à frente. Não existe um efetivo benefício. Existem outros mecanismos, em que acreditamos, como por exemplo, renegociação ou transferência de créditos hipotecários para outras instituições bancárias (é preciso fomentar a concorrência saudável que existe entre as instituições, porque aí sim, vamos conseguir encontrar verdadeiros descontos).

Como antecipa que a realidade da contratação de crédito se mantenha até ao final do ano? Nota uma descida de procura por parte daqueles que procuram contratar crédito, em sentido inverso daqueles que procuram ajuda para renegociar créditos já existentes?

Na verdade, a procura continua a ser alta, vemos uma maior procura em momento de dificuldades pois é nesses momentos que as famílias se sentem com maior aperto financeiro. A pressão leva-nos a tomar más decisões. Até ao final do ano vai verificar-se a subida ou manutenção das taxas de juro, o que aumentará o valor pago pelas prestações. Por este motivo, tomar decisões no escuro é sempre um risco, o ideal é consultar um profissional intermediário para advogara seu favor.