Quando nos preparamos para celebrar mais um Dia Internacional da Mulher, que considerações tece à forma como a mulher já é percecionada no mercado de trabalho?
A perceção da mulher no mercado de trabalho tem evoluído significativamente nas últimas décadas, mas ainda enfrenta desafios importantes. A mulher tem conquistado mais espaço em diversas áreas profissionais, incluindo cargos de liderança, o que é um bom avanço, apesar de ainda exigir muito esforço da nossa parte. Acredito
seriamente que a forma como a mulher é percebida está gradualmente a mudar. Existe mais visibilidade e reconhecimento das nossas capacidades, mas as barreiras culturais, estruturais e os estereótipos continuam a ser obstáculos.
“Acredito seriamente que a forma como
a mulher é percebida está gradualmente
a mudar”.
O que lhe parece que seria importante alterar, na legislação laboral e no próprio funcionamento das empresas nacionais, para que a mulher e o homem possam ver a sua participação no mercado de trabalho equiparada?
Alguns aspetos prendem-se com uma transparência salarial, ou seja, deveria de haver uma divulgação de salário por género que permitisse verificar a disparidade entre homens e mulheres; a título de licença parental, deveriam as licenças ser exatamente iguais quer para a progenitora quer para o progenitor, devendo existir um período
obrigatório de licença partilhada entre ambos; as promoções de carreira deveriam ser iguais para ambos os géneros bem como a flexibilidade de horários deveria ser implementada em todas as empresas para ambos os géneros, entre muitos outros aspetos que poderiam e deveriam ser trabalhados e implementados quer pelas
empresas, quer pelo Governo.
É também a fundadora da marca CNF Legalização de Imigrantes. Esta é uma parte da população à qual se dedica com particular atenção? Porquê?
A CNF Legalização de Imigrantes surgiu em março de 2023, e após um ano de muito trabalho e crescimento, vem a ser a marca registada por mim. Continuando a ser o meu principal objetivo prestar a assistência e orientação aos
imigrantes, facilitando assim o processo de legalização, partilho convosco que brevemente uma nova marca irá surgir e ser registada em meu nome “LPN – Legalização e Processos de Nacionalidade”, que irá abranger outra zona
do território português de forma que possa expandir e prestar melhor acompanhamento aos meus clientes. Dedico-me com particular atenção ao direito de imigração porque sinto que tem de haver justiça social e inclusão.
Que mensagem continua a ser importante passar às mulheres que querem ser independentes, donas do seu futuro e profissionais de sucesso?
A mensagem que a meu ver faz mais sentido partilhar às mulheres que lutam pela sua independência e pelo seu futuro e sucesso profissional é uma mensagem de coragem, resiliência, confiança e solidariedade. Nunca devemos duvidar das nossas capacidades, porque conseguimos tudo a que nos propomos; devemos confiar nos nossos valores e competências, mas acima de tudo, acredite em si mesma, seja resiliente, siga as suas paixões e tenha coragem de pedir o que merece.
