Que ingredientes gastronómicos destacaria, tipicamente açorianos, que utiliza frequentemente na confeção das suas refeições?
O ananás dos Açores é um dos meus favoritos, não só pela sua qualidade única, mas também pelo simbolismo que carrega. Outro ingrediente que destacaria seria o queijo de São Jorge DOP, com o seu sabor marcante e versatilidade. O peixe fresco seria mais um ingrediente que não dispensaria da minha cozinha. E, claro, a batata-doce. Estes ingredientes são apenas alguns exemplos da riqueza que os Açores oferece e onde me inspiro para trabalhar cada prato.
A gastronomia açoriana é desafiante de trabalhar? Porquê?
A gastronomia açoriana pode, sem dúvida, ser desafiante, mas também é profundamente gratificante. Temos alguns desafios no aspeto da disponibilidade e sazonalidade dos ingredientes locais, já que muitas vezes temos de esperar
pela colheita ou pela pesca de certos produtos, o que exige flexibilidade e criatividade na altura de planear as receitas. Além disso, muitos dos ingredientes mais tradicionais e autênticos dos Açores são limitados em quantidade ou só se encontram em certas ilhas, pelo que muitas vezes se torna mais difícil obtê-los de forma constante.
Que pratos açorianos destaca?
Como referi, os Açores são um verdadeiro paraíso gastronómico, e destacaria alguns pratos que considero essenciais para representar a tradição açoriana: o Cozido das Furnas, um prato emblemático, cozido lentamente nas caldeiras. Outro prato muito apreciado é a Alcatra, especialmente na Ilha Terceira, que é feita com carne de vaca cozida lentamente em alguidares de barro, absorvendo todos os sabores e temperos. A sopa de peixe, o caldo de peixe e as lapas são também pratos que gosto de destacar, pois representam o uso da frescura do nosso mar. Como doce, as tradicionais queijadas. Temos várias queijadas por diversas ilhas, que são uma verdadeira tentação.
“A gastronomia açoriana
pode, sem dúvida, ser
desafiante, mas também
é profundamente
gratificante”.
O que inspira o seu trabalho como Private Chef e qual é a sua maior motivação na cozinha?
O que me inspira é a oportunidade de criar experiências únicas para os meus clientes. A gastronomia é para mim uma forma de contar histórias e de conectar pessoas com a cultura e a comida. A minha maior motivação é ver a satisfação nos olhos dos meus clientes, sabendo que consegui proporcionar-lhes algo especial, algo que vai além de uma simples refeição.
Como é que o seu serviço de Private Chef se distingue de outras ofertas no mercado e o que é que os seus clientes mais valorizam?
Diria que se distingue pela personalização total e pela utilização de ingredientes frescos e locais. Cada evento é único, com menus feitos à medida, respeitando as preferências e necessidades dos clientes. Os clientes valorizam
especialmente a atenção dada, a qualidade dos produtos e a experiência exclusiva que ofereço, tornando cada refeição memorável e com muito requinte.

