“As lideranças femininas criam ambientes focados na confiança e bem-estar”

Angela Leal é fisioterapeuta há quase 20 anos e iniciou a sua carreira mal terminou os estudos. Enquanto desenvolvia a atividade profissional, compreendeu a importância de dedicar tempo aos pacientes e percebeu que só num espaço próprio conseguiria levar a cabo um trabalho que a realizasse enquanto profissional de saúde. Surgiu, assim, a VÉRTICE.

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Há 18 anos, iniciou a sua carreira logo após o final do seu curso. Que impacto teve, para si, enquanto profissional, iniciar funções e descobrir verdadeiramente a importância da Fisioterapia?

Percebi essa importância logo nos estágios da licenciatura! O Fisioterapeuta integra-se em diferentes contextos terapêuticos e tem um impacto enorme, não só na componente prática da reabilitação de lesões, mas também no
ensino e educação para a saúde e no incentivo para estilos de vida saudáveis.

Criou a marca VÉRTICE, para trabalhar na área da Fisioterapia. Que conceito pretendia desenvolver e fazer chegar aos seus pacientes?

Depois de 12 anos a trabalhar em contexto de clínica convencionada, percebi que queria trabalhar melhor. Dedicar-me de forma individualizada aos pacientes, com tempo. Como me especializei em disfunção temporomandibular,
dor orofacial, cervical e ombro, senti que precisava de trabalhar com equipa que me complementasse nas outras áreas. Daí surgiu a VÉRTICE, uma Unidade de Fisioterapia Especializada, na clínica QUANTUM Global Care.

Enquanto mulher, esta é uma área onde se vê, de facto, realizada? É uma área da Saúde onde existem mais mulheres do que homens a desempenhar funções?

Sim, claramente! Estou numa fase da minha carreira em que sinto que estou a fazer exatamente o que quero, onde quero e com quem quero. É de facto uma área onde o rácio mulher/homem ainda é prevalente para as mulheres, e isso reflete-se na minha equipa, onde atualmente somos 8 para 1.

Desempenha atualmente funções de Fisioterapeuta diretora na VÉRTICE. Que responsabilidades diferenciadas lhe traz esta função?

Tenho a responsabilidade de gerir uma equipa e os seus processos, bem como fazer uma seleção de qual o Fisioterapeuta mais indicado para o paciente, tendo em conta não só a disfunção/patologia que o leva à Fisioterapia, mas também as suas características pessoais, estilo de vida, desporto que pratica. Estes pormenores
vão fazer a diferença no sucesso da reabilitação.

Acredita que as mulheres podem desempenhar cargos de coordenação e liderança e contribuir de forma diferenciada para a melhoria dos aspetos técnicos e relacionais de uma equipa?

Acho que a competência não vem ligada ao género. Tem sobretudo a ver com características pessoais, formação, experiência e dedicação. As lideranças femininas trazem vantagens, como fortes capacidades de comunicação e
empatia, permitindo gerir as necessidades da equipa e lidar com conflitos de forma mais construtiva. Líderes femininas tendem a criar ambientes com foco em confiança e bem-estar emocional, promovendo cooperação e respeito, com equipas motivadas.

Como avalia o seu percurso até ao momento e como planeia a sua evolução profissional?

Fui convidada a trabalhar num grande grupo de saúde ainda durante um estágio curricular. Aí, juntamente com formações complementares, desenvolvi competências técnicas, gestão de recursos espaço/tempo e trabalho em
equipa. Saí para desenvolver a minha marca pessoal e trabalhar de forma independente. Até surgir o desafio de criar a VÉRTICE, onde temos os serviços de Fisioterapia em que acredito!
Intervenções diferenciadas, com níveis de excelência, num espaço incrível, muito bem equipado, cheio de luz, no centro de Lisboa. A evolução que desejo é o crescimento da VÉRTICE e a consolidação da marca como uma referência de Fisioterapia de qualidade em Portugal.