Assume que o seu compromisso é “dedicação e profissionalismo”. Sempre foi uma apaixonada pela área imobiliária?
Não, a minha formação académica é na área da Saúde. Sou Técnica de Radiologia e trabalhei 12 anos em urgência. Essa experiência e a minha personalidade, fizeram-me ser sempre dedicada aos doentes e, por trabalhar com radiação, tinha de repetir o mínimo de exames possível, portanto a minha dedicação e profissionalismo já vem daí. O imobiliário começou como uma brincadeira, em 2013. Em plena crise da Função Pública, eu queria ganhar um dinheiro extra e, ao trabalhar por turnos, consegui conciliar com a Remax em part-time. O imobiliário é um negócio de pessoas, a liberdade e a possibilidade de continuar a ajudar os outros, que é o que realmente me dá prazer, fizeram com que me apaixonasse por esta profissão.
Como caracteriza a sua forma de trabalhar?
Eu trato os meus clientes como gostaria que me tratassem. Tento que o cliente, comprador ou vendedor, tenha o mínimo de incómodo possível. O meu objetivo é que os clientes só tenham de assinar, o resto tratamos nós. O facto de trabalhar em equipa com a Clélia Gouveia faz com que haja uma disponibilidade muito maior. Quando é necessário tratar de documentação, ajudar com o início de contratos, levar decoração para casas vazias, preparar as casas para as visitas, uma de nós está sempre disponível e não cobramos esses valores. Na nossa equipa temos a preocupação de oferecer valor aos clientes, mesmo que não comprem ou vendam connosco, certamente que nos ficarão agradecidos e um dia lembram-se de nós.
Enquanto consultora da Remax, e estando o grupo a celebrar os seus 20 anos, que análise faz do seu percurso profissional?
Sou uma pessoa ambiciosa e competitiva, isso faz com que procure sempre adquirir competências para ser melhor, enquanto pessoa e profissional. Comecei do zero, fiz muita formação e estudei muito, não sabia nada do negócio. No primeiro ano, investi muito em formação, dentro e fora da Remax. Eu tenho de estar confiante do que estou a fazer ou dizer. Vejo o quanto evoluí, quando olho para 2013! Eu não sabia nada deste negócio e desde 2015 que recebo vários prémios na Remax Portugal e, em fevereiro de 2020, fomos receber um prémio referente à faturação de 2019, na Convenção Mundial da Remax, em Las Vegas, onde são premiados apenas os melhores consultores do mundo. Estar a representar Portugal entre os melhores do mundo foi a concretização de um grande objetivo!
Convenção Mundial da Remax, Las Vegas Elsa Almeida, com Dave Liniger (Co-fundador da Remax) e Clélia Gouveia
É chefe da sua própria equipa. Porque considerou importante assumir essa responsabilidade?
Em 2016, com o volume de negócios a aumentar, tive o segundo filho, continuava no hospital e as 24 horas do dia continuavam a ser as mesmas, precisava de uma pessoa para me ajudar. Nesse ano conheci a Clélia, não gostámos muito uma da outra, mas mesmo assim convidei-a para trabalhar comigo…hoje somos verdadeiras amigas! Neste momento, a estratégia da equipa passa por eu estar mais concentrada e focada em tarefas mais produtivas e de maior rentabilidade, e no nosso objetivo. Sou eu que traço o plano e as estratégias para o atingir e distribuo trabalho pelas duas. Já a pensar no objetivo de 2021, temos necessidade de recrutar mais um elemento para a equipa até ao fim do ano. Eu gosto de um crescimento consistente, para mim quantidade não é sinónimo de qualidade!
Como se motiva – a si e à sua equipa – tendo em conta este ano atípico, em termos de trabalho?
O que nos motiva é a possibilidade de ajudar pessoas e, agora mais que nunca, os clientes precisam da nossa ajuda. Quer seja por segurança, os clientes não têm de se expor mais do que o estritamente necessário, quer seja pela especulação dos valores. Tanto o comprador como o vendedor pretendem fazer bons negócios, mas não têm as ferramentas para avaliar se estão a comprar ou vender pelo preço justo. Na Remax Team, temos uma equipa que abrange as áreas do financiamento, marketing, acompanhamento processual, gestão de clientes, entre outros, que funciona sem contacto presencial, se o cliente preferir.
Acredita que a formação é, cada vez mais, fundamental para se conseguir fechar um negócio?
Os negócios são cada vez mais complexos e os clientes cada vez mais exigentes e informados. Apostamos na formação para buscar aprendizagem e superar as nossas limitações. A Remax tem formação em todas as áreas do negócio, por isso dá-nos todas as ferramentas para o sucesso. Cabe a cada consultor decidir o que fazer com elas. Formação de nada serve sem se colocar em prática.
Como caracterizaria a possibilidade de concretização de negócios durante o confinamento?
Por sermos mães, antes da pandemia já trabalhávamos muito em casa e usávamos tecnologia na concretização dos negócios, portante continuámos a trabalhar e a fechar negócios durante o confinamento. Entre 13 de março e 14 de maio, fechámos seis negócios. Todos os procedimentos de segurança fizeram parte da minha vida durante anos no hospital, agora foi adaptá-los ao imobiliário. Penso que o facto de muitos colegas e imobiliárias terem parado a atividade durante o confinamento fez com que quem continuou a trabalhar tivesse mais trabalho.
Como vê a evolução do mercado?
Neste momento o mercado está estável, os preços não caíram como se especulava, as moratórias dos créditos continuam, os bancos continuam com boas condições de financiamento e o mais importante de tudo é que vai haver sempre pessoas com a necessidade de comprar e vender casa. A própria pandemia veio trazer essa necessidade a quem não a tinha. Seja por condições financeiras, teletrabalho ou mudança de local. Nunca nenhum de nós tinha passado tanto tempo fechado na sua própria casa e muitos descobriram que não tinham a casa que realmente necessitam. Portanto, não nos falta trabalho, o mercado imobiliário nunca pára, apenas muda e o nosso papel é adaptarmo-nos às mudanças.