O que procuram os profissionais, com vista à felicidade no trabalho?
Provavelmente o maior driver de (in)felicidade no trabalho é a qualidade dos relacionamentos. As Pessoas não abandonam Organizações, abandonam Pessoas, daí a importância de posicionar lideranças fortes, acessíveis e relacionais. Mais do que chegar a um destino de Felicidade é acerca de encontrar Alegria no caminho percorrido.
Existe uma busca contínua pelo reconhecimento profissional, pelo equilíbrio da vida pessoal e profissional, por bom ambiente no trabalho, relacionamentos saudáveis, boas instalações e tudo o que se puder adicionar, tal como café, fruta fresca, planos de saúde, lugares de estacionamento, descontos, etc. Sugiro a reflexão: o que temos nós ou trazemos em nós, que poderá ajudar-nos, e aos nossos colegas, a ser mais felizes no trabalho,
independentemente do que a Organização oferecer?
Como podem as Organizações prover condições, para um ambiente de trabalho saudável?
É necessário os colaboradores conhecerem e identificarem-se com a cultura da mesma. As Organizações devem promover o ambiente de trabalho através do engagement, reconhecimento e responsabilidade social. São necessários salários que permitam desenvolver saúde financeira e ter equilíbrio para o foco no propósito e missão, sem a distração com as necessidades básicas. Não existe uma fórmula certa, apenas a capacidade de ouvir e arregaçar as mangas e atirar dinheiro para as situações não resolve problemas. É conhecer as nossas Pessoas e saber o que faz realmente a diferença nas suas vidas, para que o “ir trabalhar” seja também um “ir ser feliz”.
Como articula a necessidade de desenvolver talento qualificado com a Employee Experience e como é feita a medição do impacto dessas medidas?
Nas funções em que existe grande rotatividade, permitimos, por exemplo, a evolução das suas carreiras através de reconhecimento profissional, concursos internos ou a atribuição de prémios de produtividade. O desenvolvimento do talento também deve ser feito nas chefias, e de forma contínua, investindo em powerskills que resultarão numa maior aproximação aos colaboradores e mais preparação para novos desafios. Recebemos dos nossos colaboradores o melhor reconhecimento que podíamos receber nesta área: o Selo de Empresa Feliz.
Há muito caminho a percorrer, mas acredito que o melhor ainda está por vir!
Quais os principais desafios com que as Organizações se depararão se quiserem garantir profissionais de excelência?
Acredito que será mantermo-nos relevantes para as gerações futuras sem cair na tentação de nos deixarmos levar por “trends”. Atualmente existe, por parte dos candidatos, uma pressão enorme para o trabalho remoto. Contudo, devemos ser sensíveis às consequências do isolamento na saúde mental, à redução de contactos sociais após o percurso académico, oportunidades de aprendizagem, etc. O grande desafio será tornar o remoto próximo, e envolver quem está longe para que se sinta “perto”.
Quais as principais ações de Felicidade, na RHmais?
Criámos um Núcleo de Pessoas, Cultura & Solidariedade para consolidar uma cultura assente nos seus valores e disponibilizar um canal entre os colaboradores e a Organização; reorganizámos espaços dando lugar a uma área de lazer na sede; criámos um Portal do Colaborador com acesso a vários benefícios; disponibilizámos um Plano de Saúde a todos os colaboradores e agregados familiares; passámos a adotar um questionário que nos ajuda a
medir os índices de Felicidade Organizacional; promovemos o envolvimento em ações de responsabilidade social e desenvolvemos iniciativas no âmbito do Engagement. Devemos olhar para os resultados valorizando o caminho que é necessário percorrer até os alcançar. Esse caminho é feito de forma excelente pelas nossas Pessoas, o nosso melhor investimento.
