A Brain Power desenvolveu um conceito único, para apoiar os trabalhadores independentes. Que conceito é este, que vos torna únicos a nível europeu?
O conceito Brain Power é único a nível mundial, porque somos os pioneiros, a nível nacional e internacional, em tornar trabalhadores independentes em trabalhadores dependentes, de forma a que estes possam usufruir dos
mesmos direitos e garantias como qualquer trabalhador por conta de outrem, sem terem de abdicar da liberdade que um trabalhador independente usufrui.
No entanto, não nos contentámos em sermos pioneiros, mas sim em sermos um grupo de empresas capazes de oferecer as soluções mais personalizadas a estes trabalhadores e empresas, tendo a forte capacidade de
responder pronta e eficazmente às mudanças e exigências que a globalização coloca no século XXI. Esta nossa capacidade de resposta é evidenciada quando temos empresas internacionais que, não sendo ainda nossas
parceiras, recorrem a nós a solicitar aconselhamento para a definição de estratégias para a sua área de negócio.
Tudo isto só se torna possível graças à proximidade que eu e a minha equipa temos com colaboradores e parceiros, o que nos permite estar sempre um passo à frente daquilo que são as necessidades de negócio dos mesmos.
Apesar de ter sido pioneira neste conceito, não pude estagnar, por isso mesmo tive de recrutar profissionais de excelência que me ajudassem a atingir o patamar atual, sermos a referência do mercado. Faço questão de que quem integra a minha equipa perceba o porquê de existir a Brain Power e que participe nas soluções encontradas
para responder às exigências que nos são colocadas no dia a dia.
Toda esta envolvência permite-nos olhar para qualquer desafio e para o futuro com confiança.

A quem se destinam, de forma particular, os vossos serviços?
As soluções que o Grupo Brain Power oferece destinam-se a dois tipos de público. Por um lado, empresas que necessitam de colaboradores, mas não têm capacidade de estabelecer esse tipo de vínculos contratuais. Por outro lado, trabalhadores independentes que procuram uma maior estabilidade contratual e que queiram usufruir dos mesmos direitos e garantias que um trabalhador por conta de outrem, sem abdicarem da flexibilidade e liberdade da sua profissão.
Atualmente, somos requisitados por empresas e profissionais de todas as áreas, sendo que a procura internacional tem registado um crescimento acentuado no último ano, representando 23,7% dos nossos colaboradores e parceiros. Tal facto fez com que o Grupo Brain Power investisse em conhecimento legal, tecnológico e formativo, estudando as necessidades que este mercado apresenta.
Neste momento, contamos com colaboradores e parceiros em áreas como o ramo imobiliário, saúde, desporto, tecnologia, energia, cultura, entretenimento e TVDE. Com a maior aceitação do serviço de outsourcing e consultoria por parte dos agentes económicos, contamos brevemente abranger muitas mais áreas de negócio.

Hoje, as empresas procuram profissionais qualificados, para desempenhar serviços em outsourcing. No entanto, mesmo dentro da mesma área de atividade, os requisitos e as solicitações não são sempre iguais, pelo que é fundamental que o colaborador seja o ideal para aquela função em específico. Como conseguem esta personalização do serviço?

A relação de proximidade que fazemos questão de estabelecer, com os nossos parceiros e com os nossos profissionais, é o que nos permite ultrapassar este desafio com distinção. Aliás, sem proximidade o modelo Brain Power não tem sentido existir, por isso, procuramos ter sempre um conhecimento pormenorizado daquilo que são
as exigências de ambas as partes e de que forma se podem ajustar mutuamente. Daí que tenhamos um acompanhamento permanente e quase diário junto dos nossos profissionais e parceiros, para estarmos a par das suas necessidades, ambições e desafios.
O Grupo Brain Power recruta, dá formação inicial, contínua e de especialização a todos os nossos colaboradores. Acreditamos que, para responder às necessidades do mercado, temos de potenciar os nossos colaboradores, isso apenas é possível com formação, sendo que esta tem de ser focada nas adversidades que o mercado proporciona. Por outro lado, todo o plano formativo é adequado ao perfil de cada um dos nossos colaboradores,
tendo em conta as suas ambições profissionais de forma a garantirmos que estes conseguem inovar, ter um espírito crítico e obtenham soluções para desafios que, à primeira vista, parecem inultrapassáveis, mas que, com as ferramentas certas, são perfeitamente superáveis.
Assim, todo o plano de formação que desenvolvemos com cada colaborador é detalhado e estrategicamente montado, tendo em conta as necessidades conjuntas da equipa, as necessidades profissionais individuais de cada
colaborador e, ainda, as mudanças que ocorrem permanentemente no mercado e das quais necessitamos de estar informados e capacitados para respondermos da melhor forma. Fazemos, ainda, uma avaliação de desempenho, de modo a conseguirmos perceber os pontos que precisam de ser trabalhados e adaptando, de forma a que os nossos formandos possam atingir esses objetivos.
Em suma, a formação, aliada à relação de proximidade é o que nos permite fazer os melhores matchs entre profissionais e empresas.
Considerando que o mercado hoje está muito mais digital e “à distância”, tal pode constituir um desafio particular ao outsourcing? Em que medida?
O mercado tecnológico desafia constantemente todos os outros setores e o outsourcing não é exceção. Acredito que o outsourcing esteja preparado para corresponder às necessidades digitais, no entanto, isto só será possível se todos tivermos a mesma visão sobre este serviço. O outsourcing aliado à tecnologia será mais atrativo e tornar-se-á um mercado mais competitivo, o que trará uma maior confiança neste modelo.
O maior desafio que enfrentamos neste setor é precisamente a resistência à mudança, tanto por parte das empresas como dos colaboradores. Na minha ótica, esta barreira só é ultrapassável com a demonstração de como a tecnologia poderá potenciar o resultado de ambas as partes, tudo isto sustentado por resultados práticos. Não obstante, as relações interpessoais continuam a ser primordiais.
Foi após a pandemia que a questão do outsourcing se espalhou mais pelas empresas, de diferentes setores. O outsourcing passou a ser considerado estratégico para o desenvolvimento de um bom trabalho e muitas empresas que prestam este serviço são agora consideradas parceiras das empresas contratantes. Se a perspetiva da importância do outsourcing mudou, mudou também a forma como estes trabalhadores são encarados?
O outsourcing e a consultoria sempre foram vistos um pouco à luz do preconceito da falta de compromisso. Ou seja, muitas vezes as empresas consideravam que estes profissionais poderiam não ter uma dedicação ao
projeto tão forte quanto um trabalhador fixo e com um vínculo contratual diretamente com a empresa. Mas desde sempre que considerei o outsourcing uma alavanca para a economia e a dinamização da mesma. No
dia em que as empresas sediadas em Portugal adotarem este modelo, como país, poderemos equiparar-nos às potências europeias.
Atualmente, com todas as mudanças radicais que a pandemia trouxe para o mercado de trabalho, exigindo muita versatilidade e adaptação à mudança, o preconceito atenuou. O outsourcing e a consultoria foram a resposta certa para muitas empresas conseguirem reerguer os seus negócios e até construírem mais vantagens competitivas, otimizando os seus recursos.
A versatilidade e adaptabilidade que a consultoria e o outsourcing permitem foram a grande surpresa que as empresas e os profissionais tiveram durante o período pandémico. A prova disso é o crescimento que a nossa faturação anual tem registado nos últimos três anos (em 2020, faturámos 15.920.046,94€, no ano de 2021 faturámos 24.864.213,23 e no ano de 2022 faturámos 31.112.073,82€ – de 2020 para 2022 quase que duplicámos o valor de faturação, registando uma taxa de crescimento de 95,43%), mesmo tendo atravessado o período pandémico. É uma das maiores provas de que o modelo Brain Power é cada vez mais necessário no mercado de trabalho de hoje e do futuro.

Com que desafios se depara, particularmente, a Brain Power, quando falamos de direitos e garantias destes profissionais? No que respeita a legislação, que análise lhe cabe fazer sobre a forma como a Lei vê e protege estes profissionais?

Quando eu própria era uma consultora comercial e trabalhava a recibos verdes, sempre senti uma falta de apoio e de esclarecimento burocrático e fiscal enorme, além de não conseguir assegurar uma carreira contributiva que me garantisse que, caso necessitasse, poderia usufruir de algum tipo de apoio estatal. Aliado a toda esta incerteza e falta de estabilidade, colocava-se também o facto de não estar tão protegida se algo corresse menos bem, ficando todos os encargos à minha responsabilidade.
Além disso, a saúde também é uma questão prioritária a resolver na legislação para estes profissionais, pois as condições de baixa médica que estes profissionais conseguem usufruir são praticamente inexistentes. Ainda, a
obtenção de qualquer tipo de crédito por parte de profissionais independentes é sempre mais morosa e dificultada, devido à oscilação dos rendimentos, bem como o subsídio de desemprego, e não existe qualquer tipo de bonificação, como subsídios de férias.
Ao sentir esta falta de proteção legal, que ainda hoje existe, repensei muitas vezes se faria sentido continuar a investir na carreira que eu gostava. Para que mais nenhum trabalhador nesta situação desistisse dos seus objetivos profissionais, criei o modelo Brain Power. E este é o nosso desafio permanente e constante, o de tentar que estas pessoas não desistam e que, dentro de todas as condições legais que temos hoje, possa haver uma maior igualdade de direitos e garantias entre todos os trabalhadores.
Como podem os profissionais e as empresas aceder aos vossos serviços?
Com o crescimento do negócio e do mercado em que a Brain Power se insere, surgiu a necessidade de conseguirmos dar mais resposta à crescente procura com que nos deparámos. Por isso, surgiram 10 empresas com nomes de diversas pedras preciosas, reflexo da importância e da seriedade que a missão Brain Power tem para mim, particularmente, e para toda a equipa. Para nos conhecerem melhor, podem sempre contactar-nos através das nossas redes sociais Facebook, Instagram e Linkedin (@brainpowermaster), via email (welcome@brainpower.com.mt), ou contacto telefónico ((+351) 211 387 935). Os nossos escritórios estão situados na Avenida da Liberdade em Lisboa, mas trabalhamos com empresas e profissionais nacionais e
internacionais.
Que impacto tem, para si, enquanto fundadora desta empresa, este conceito que criou? Que valoro mesmo agrega ao mercado?
O Grupo Brain Power é a minha missão de vida, o valor que trazemos para o mercado é nítido. Para além do contributo para a economia nacional e competitividade empresarial, acredito e desejo que a Brain Power seja uma inspiração para novos empreendedores que defendam uma causa e que acreditem que possam impactar o mundo.
É óbvio que a faturação é importante, na medida em que somos uma empresa privada e com fins lucrativos. Contudo, o meu foco, depois da empresa já estar estabilizada em termos nacionais e internacionais, passa por sensibilizar o mercado para a falta de proteção legal que os trabalhadores independentes têm e contribuir para um futuro laboral mais justo, com mais direitos e garantias para todos.

Quão atentos devem estar, hoje, as empresas e os profissionais independentes, no que respeita à necessidade de adaptação ao meio e à atividade em que estão inseridos? Como podem as pessoas evoluir a par com a tecnologia, de forma a não se tornarem obsoletas?
Desenvolver a resiliência e uma forte capacidade de adaptação à mudança são duas características indispensáveis para triunfar num mercado de trabalho cada vez mais competitivo e automatizado. Desta forma, defendo que o desenvolvimento das soft skills como espírito crítico, adaptabilidade, ter uma comunicação eficaz, ter empatia, saber gerir o tempo, entre outras, é que se constitui verdadeiramente como a proposta de valor de cada profissional e que o poderá tornar único no mercado de trabalho e fazer realmente a diferença numa empresa. Numa realidade cada vez mais automatizada, o nosso olhar tem de estar nos pormenores e nas tarefas em que a mente humana jamais conseguirá ser substituída por um processo robotizado, mostrando a diferenciação do humano versus máquina, sendo que as soft skills, para nós, são a chave que garante a longevidade de qualquer profissional de sucesso.

Quais as novidades que a Brain Power tem reservadas para breve e das quais nos possa dar conta?
O Grupo Brain Power tem como foco alguma automatização do nosso negócio, por isso temos vindo a fazer um forte investimento no nosso desenvolvimento tecnológico. Até ao final deste ano, contamos já ter mais processos internos automatizados para aumentarmos a capacidade de resposta e melhoria dos nossos níveis de serviço. Desvendando um pouco do que está para vir, já está em curso um novo projeto, o desenvolvimento de uma app móvel que disponibilizaremos a clientes e colaboradores de forma a tornarmos mais célere todos os nossos processos e a emissão e/ou consulta de qualquer documentação necessária. Para além disso, também já se encontra em processo de desenvolvimento um projeto numa nova área de negócio com o intuito de fornecer ferramentas indispensáveis para que qualquer pessoa consiga alcançar o sucesso profissional pretendido.
Portanto, fiquem atentos para o que estamos a preparar, pois decerto seremos uma vez mais pioneiros na resposta tecnológica e de know-how para qualquer trabalhador, seja independente ou por conta de outrem, e uma vantagem competitiva para qualquer empresa. Todas estas iniciativas correspondem a um investimento acima dos 500 mil euros por parte do Grupo Brain Power.