A CentroCasa nasceu em outubro de 2019, quando Pedro Alves – consultor imobiliário “Top Seller” numa marca internacional – decidiu investir numa marca própria: “Senti que o franchising onde eu me encontrava limitava o meu desenvolvimento enquanto consultor e eu não considero isso justo, pois são os consultores que trazem capital para a empresa. Quando comecei a sentir-me demasiado insatisfeito com a situação, e percebendo que no mercado imobiliário nenhuma marca apresentava uma alternativa que me convencesse, investi na CentroCasa”.
Em setembro de 2019, Pedro Alves saiu da marca imobiliária onde trabalhava e, um mês depois, a primeira agência da CentroCasa estava criada: “Quando saí, acompanharam-me cerca de cinco colegas, que formaram a primeira equipa da CentroCasa. Abrimos uma primeira agência, pequenina, num centro comercial de Coimbra, enquanto esperávamos que uma loja maior, que também adquirimos, ficasse pronta. Só conseguimos ir para lá em abril do ano seguinte e em agosto convidei mais pessoas, que conhecia também da área imobiliária, de forma a aumentar a equipa”.
Foi com cerca de 10 elementos que a CentroCasa começou a crescer e a definir a sua filosofia de trabalho. Para Pedro Alves, as pessoas são o mais importante numa empresa e diz-se extremamente orgulhoso dos seus consultores: “O consultor é a peça mais importante da CentroCasa, por isso a minha preocupação é que toda a estrutura da empresa se foque em facilitar-lhes a vida. O objetivo maior é que todos se sintam em casa e se sintam bem a trabalhar. A tal ponto isso foi conseguido que o nosso slogan é ‘Sinta-se em casa’”. Todavia, Pedro Alves também assume que o profissionalismo e a formação são fulcrais para quem trabalha consigo: “A formação e a especialização são fulcrais. A maioria dos consultores apenas vai ao encontro do cliente para abrir a porta do imóvel. Muitas vezes, foi o próprio cliente que contactou o consultor. Nós fazemos questão de sermos uma mais-valia para o cliente. Por isso, os nossos consultores têm um conhecimento profundo da região que trabalham, por rua, e capacidade para solucionar problemas, como o pedido de crédito e a necessidade de obras de alguns imóveis”.
UM MERCADO PARA INVESTIMENTO SEGURO
Coimbra é uma cidade que, considerando a existência da universidade e dos hospitais dessa instituição académica, sempre teve um mercado de investimento imobiliário interessante. Todavia, Pedro Alves alerta: “Este é um mercado de investimento seguro, estável e que oscila muito pouco, dada a grande quantidade de investimento que é feita em imóveis arrendados, posteriormente, à comunidade estudantil da universidade e cujos preços se mantêm estáveis ao longo do tempo. Investir em Coimbra não é a mesma coisa do que investir em cidades como Lisboa e Porto, onde o investimento oscila, mas é possível conseguir alguns milhões de euros em negócios. Todavia, temos agora um novo mercado de investidores – os estrangeiros, em particular os brasileiros, estão a investir fortemente nesta região, talvez devido ao seu potencial turístico e à sua localização central, perto das praias da Nazaré e da Figueira da Foz, e a pouco tempo de distância da Serra da Estrela”. Considerando a pandemia, as recentes tendências no mercado residencial demonstram um aumento significativo da compra de moradias e mesmo de terrenos para construção: “Se antes vendíamos 100 apartamentos para cada moradia, agora ambas as tipologias estão equiparadas, no que respeita a vendas. A necessidade de termos mais espaço para viver tornou-se um ativo muito importante do nosso mercado”.
Essa capacidade de resposta existe devido ao desenvolvimento dos serviços complementares à área imobiliária – a intermediação de crédito e a reabilitação de imóveis, por parte da CentroCasa: “Se o nosso objetivo é sermos uma mais-valia para o cliente, temos de apresentar soluções e simplificar processos. Assim, a intermediação de crédito – certificada pelo Banco de Portugal – surgiu para ajudar as pessoas que nos procuram a fazerem a melhor escolha aquando do crédito habitação e obra, por exemplo; no que respeita à reabilitação dos imóveis, o objetivo é o mesmo – oferecer soluções ao cliente. Se um cliente gosta de um imóvel, mas este vai precisar de obras para ficar exatamente de acordo com o que espera, eu posso oferecer-lhe esse serviço, através da nossa empresa de reabilitação, Perfil e Detalhe. É nesta capacidade de apresentar soluções que fazemos a diferença”.
A capacidade de fazer a diferença no mercado imobiliário e a entrega absoluta das pessoas com quem trabalha permitiram que a CentroCasa crescesse exponencialmente, mesmo em tempo de pandemia: “No que respeita ao crescimento do Grupo CentroCasa, já somos vistos, atualmente, de uma forma idêntica a um franchising estrangeiro, o que é muito gratificante. Começámos com uma equipa de cinco pessoas e, em praticamente três anos, já somos uma família de mais de 50 pessoas na área imobiliária, a Perfil e Detalhe tem atualmente cerca de 18 obras adjudicadas, num valor total de cerca de um milhão e meio de euros, para entregar ao longo dos próximos 20 meses e iniciámos o nosso processo de franchising – a primeira agência desse modelo já abriu, em Miranda do Corvo e, para breve, temos agendada a abertura da agência da Figueira da Foz”.
O crescimento da marca em regime de franchising é para continuar, mas Pedro Alves não tem pressa: “A nossa pretensão é entrar nos grandes mercados – Lisboa, Porto e Algarve, mas apenas com parceiros que entendam a filosofia da CentroCasa. Cresceremos à medida que os parceiros forem aparecendo. Tudo indica que abriremos, ainda este ano, agências no distrito de Lisboa e em Portimão, mas sempre com pessoas que entendam o nosso conceito de ‘família’ e queiram fazer parte dela”.