Dificuldades Financeiras: O Papel do Crédito no Alívio Orçamental e Psicológico

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O crédito é uma ferramenta indispensável ao progresso da economia e da sociedade. Mas é preciso cautela. De facto, são várias as famílias portuguesas que, por descuido ou desinformação, se encontram numa situação de sobre-endividamento. Curiosamente, a solução para este aperto está no próprio crédito. O empréstimo consolidado é uma ajuda, mas há outras.

Como Pode o Crédito Ajudar?

Felizmente ou infelizmente, o dinheiro gere a vida das pessoas. Em muitos casos, está na base de divórcios e pode levar a problemas de saúde mental. Do mesmo modo, uma doença ou uma situação de desemprego, por exemplo, pode comprometer a estabilidade financeira das famílias e ditar os mesmos problemas.

Neste contexto, o Crédito surge como um instrumento fundamental para colmatar limitações financeiras. Ao aumentar a capacidade de consumo, permite concretizar projetos que, de outra forma, seriam impossíveis. Em bom rigor, permite devolver algum poder orçamental e até autoestima aos consumidores.

Pensemos, aliás, no exemplo de um dos bens mais queridos dos portugueses: o carro. Há ainda um certo estigma associado ao recurso a crédito para adquirir um automóvel. “Paga-se muito de juros”, ouve-se dizer. Sim, um empréstimo não é dinheiro grátis.

Mas a verdade é uma: a maioria das famílias precisa de anos para conseguir a poupança necessária à compra de um carro. Ora, em vez de esperar, por exemplo, uma década para conseguir fazer essa aquisição, é possível recorrer ao crédito hoje e pagar o carro em oito anos. Financeiramente, ganha-se mais com este movimento.

É Preciso Cautela

Como é claro, o crédito torna-se apenas um aliado quando é usado de forma consciente e responsável. Se for mal utilizado, pode ser uma armadilha silenciosa. Efetivamente, é muito fácil acumularmos dívidas: já temos a prestação da casa e do carro; depois, é fácil obter dois ou três cartões de crédito. De repente, vemo-nos sobre-endividados.

O resultado pode ser desastroso: além da dificuldade em pagar as prestações, há o efeito “bola de neve” dos juros que adensa a pressão psicológica dos consumidores.

A Consolidação Pode Ser a Chave

Como pode uma pessoa livrar-se deste sufoco? Garantidamente, a solução não são os empréstimos particulares ou os famosos agiotas (“loan sharks”) das redes sociais. A saída deste estrangulamento financeiro está, curiosamente, no próprio crédito.

Já ouviu falar, concretamente, no crédito consolidado? Na prática, esta solução permite condensar vários empréstimos num só contrato com inúmeros benefícios:

  • Uma única prestação mais baixa;
  • Taxas de juro inferiores, sobretudo quando comparadas com cartões de crédito;
  • Prazos de pagamento alargados;
  • Um alívio emocional grande.

Em média, um crédito consolidado permite poupanças mensais de 435€. Essa é, pelo menos, a realidade dos clientes que pedem apoio à Gestlifes.

Embora seja uma solução cada vez mais conhecida, há ainda muitas pessoas que não solicitam diretamente a consolidação de empréstimos por receio e desconhecimento. “Tenho medo de ficar mal visto, ou mal vista”. É frequente ouvirmos isto. Mas está muito longe de corresponder à realidade.

Um consumidor fica mal visto quando entra em incumprimento. Quando deixa de conseguir cumprir as suas obrigações. E é exatamente isto que o crédito consolidado evita. É, aliás, uma ferramenta bem vista. É concedida a pessoas que querem ser preventivas.

Como é claro, importa dizer sem rodeios: não recorra a uma consolidação apenas para libertar espaço no seu orçamento e para voltar a gerar novas dívidas ou a usar cartões de crédito desenfreadamente. Só estará a adiar um problema maior.

Soluções Alternativas

Se um crédito consolidado não for um recurso que pretenda usar, há outras estratégias ao seu dispor antes de pedir mais dinheiro emprestado ao banco.

Renegociar: o seu banco terá, certamente, todo o interesse em preservar a boa relação com os clientes, por isso, pode e deve tentar uma renegociação do seu crédito, ou créditos. Poderá conseguir, por exemplo, baixar a sua taxa de juro ou o spread do contrato. Na verdade, se contraiu o seu crédito habitação há vários anos, o spread é precisamente um indicador que conseguirá negociar: atualmente, pode ser obtido a valores abaixo de 1%.

Transferir: caso o contacto com o banco seja infrutífero, há uma tática alternativa, que passa por bater à porta de outras instituições financeiras e tentar uma transferência dos créditos. O objetivo é exatamente o mesmo: poupar dinheiro. Compare as condições dos seus empréstimos atuais com as que as novas entidades oferecem e tome uma decisão em conformidade.

Pode obter, evidentemente, o apoio de intermediários de crédito neste processo. Na prática, estes mediadores fazem o trabalho todo por si e ajudam a encontrar o crédito mais benéfico tendo por base o seu perfil.

Um Crédito É uma Ajuda, Não um Fim

Mantém o desejo de pedir um novo crédito apesar destas soluções? Nesse caso, nunca é demais sublinhar: use-o se, de facto, precisar do dinheiro. Lembre-se também de que a nossa vida é feita de altos e baixos. Todos passamos por etapas mais complicadas e, nesse sentido, devemos evitar chegar a uma taxa de esforço limite.

Se o orçamento começar a apertar, privilegie as soluções já mencionadas. Todas envolvem o mesmo: o crédito. É uma ferramenta que nos permite realizar sonhos e reconstruir a nossa vida em momentos difíceis, mas tem uma contrapartida maior do que os juros: responsabilidade.

Sobre o João Pereira

Empreendedor e fundador da intermediária de crédito Gestlifes, João Pereira tem vários anos de experiência no mercado de financiamento. Desde 2018, lidera uma equipa com mais de 20 especialistas de crédito que apoiam as famílias portuguesas a encontrar as melhores soluções de empréstimo.