Esposende: um território focado nas pessoas

O município de Esposende viu, recentemente, o engenheiro Guilherme Emílio assumir o lugar de Presidente da Câmara Municipal deste concelho. O objetivo primordial é dar continuidade à estratégia política que estava em curso desde o início do mandato, nomeadamente centrando atenções em áreas como a educação, saúde e habitação, com vista à fixação de pessoas na região. Uma entrevista que realça a importância das pessoas, e da qualidade de vida que é fundamental para garantir a sua fixação nos territórios.

0
92

Recentemente, assumiu, num processo natural, o cargo de Presidente da Câmara de Esposende, como vê este novo desafio?

Este é acima de tudo um desafio de compromisso, que acarreta a responsabilidade de poder contribuir, decisivamente, na concretização do projeto político que saiu das urnas em 2021. Com a minha chegada à liderança do executivo pretendo assegurar a continuidade da estratégia política que está a ser seguida e implementada
desde o início do mandato. As pessoas são a nossa principal preocupação, assim como a sustentabilidade financeira dos recursos do município. Temos uma clara aposta na educação, na habitação, no apoio social, no empreendedorismo, no turismo, no desporto, na cultura, na segurança, ou seja na qualidade de vida dos esposendenses e daqueles que elegem Esposende como a sua casa. Estes objetivos são claros, nomeadamente, através das políticas desenvolvidas, que têm passado por uma aposta no crescimento demográfico, apoiando a iniciativa privada e proporcionando mais e melhores serviços públicos, sem descurar o desenvolvimento sustentado
do concelho, permitindo assim o seu franco crescimento harmonioso e estruturado. Perante a necessidade de manter esta trajetória de crescimento e atratividade de território, o executivo fez uma aposta clara no ensino
superior e na educação, no incentivo à fixação de empresas, na saúde e na habitação. Um aposta que se traduzirá, a curto prazo, na fixação de mais pessoas e criação e de mais riqueza para o nosso território.

Quais são os projetos em curso, dos quais não prescinde e gostaria de concluir neste mandato?

Temos mantido uma forte dinâmica na planificação e no desenvolvimento de um conjunto de projetos que consideramos fundamentais para alcançarmos os objetivos a que nos propusemos. Naturalmente que as obras mais estruturantes só são possíveis de realizar através de investimento e de uma boa gestão financeira por parte da autarquia. Nesse sentido, lutamos por conseguir que a transferência de competências do Estado para os municípios fosse uma realidade, através da garantia de verbas necessárias que nos permitam incidir de forma mais célere e eficaz em áreas como a saúde e a educação. Com este primeiro passo alcançado, tornou-se possível avançar para
a execução e concretização de projetos, há muito ambicionados para o concelho e que, agora, poderão finalmente ser realizados. Assim, na área da educação estamos em condições de iniciar a 2ª fase da requalificação da única escola secundária do concelho, a Escola Secundária Henrique Medina, numa intervenção que ultrapassa os 21 milhões de euros.
Na área da saúde conseguimos um envelope financeiro superior a 7 milhões de euros que nos irá permitir executar a construção do novo centro de saúde de Esposende e a requalificação do centro de saúde de Apúlia. De recordar que este Centro de Saúde teve um encerramento unilateral “forçado” por parte da tutela do governo socialista
em 2022 e, agora, graças à nossa intervenção, as obras já iniciaram e a sua reabertura será uma realidade muito em breve.
Estas obras que afiguram-se como estruturantes, na medida em que se encontram alinhadas com a nossa estratégia de atração de população, funcionando, assim, como fator decisivo no contributo do crescimento
sustentado do concelho de Esposende.

Processed with VSCO with a6 preset

No entanto, outros projetos decorrem com o mesmo propósito. No início deste ano letivo, fizemos chegar o ensino superior ao nosso concelho. O município estabeleceu parcerias com a Universidade do Minho e o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e abriu recentemente um polo do IPCA em Esposende. Sabemos que, ao proporcionar melhores condições de vida às pessoas, através de melhores serviços, equipamentos, e oferta
educativa e sociocultural, contribuímos para que, quem escolhe Esposende para desenvolver as suas competências, possa vir a fixar-se no nosso território e assim, por via do ensino e da inovação, possa também tornar-se parte do desenvolvimento e do crescimento do nosso território.

Do trabalho que desenvolveu anteriormente da sua ação política, o que considera ter tido mais impacto para Esposende?

Acredito que os bons resultados nunca são apenas promovidos por uma única pessoa. Os projetos que se encontravam sob a minha responsabilidade, enquanto vereador responsável pelos pelouros da Gestão Urbanística, das Florestas, da Proteção Civil e da Gestão e Manutenção dos Equipamentos e Infraestruturas, consegui-os em
conjunto com o restante executivo e juntamente com as equipas com as quais trabalhava. Hoje, mantenho a mesma visão.

Liderei projetos que trouxeram uma melhoria na resposta do município na gestão urbanística, através de um melhor aproveitamento dos recursos humanos e técnicos que, a par da modernização e digitalização dos mecanismos de gestão, permitiram procedimentos mais ágeis e eficazes nas respostas dadas aos munícipes.
Também na proteção civil e na gestão das florestas, a estratégia baseada na prevenção permitiu uma maior racionalização dos recursos financeiros e um melhor aproveitamento dos meios humanos e técnicos, conseguindo-se com isso ganhos significativos, que nos têm permitido, felizmente, “escapar” ao flagelo dos incêndios na época de Verão, e às cheias no Inverno, o que é extremamente positivo, pois proporciona segurança às pessoas e faz do concelho de Esposende um lugar seguro para viver.

Encontrando-se na fase final deste ciclo autárquico, quais os projetos que gostaria de ver concluídos até ao final do mandato?

Acredito que um dos aspetos mais importantes é a proximidade que temos mantido com as juntas de freguesia. O concelho não se constrói apenas com o desenvolvimento da cidade. Todas as freguesias têm um papel preponderante na afirmação de Esposende como concelho de referência do ponto de vista da sua qualidade de vida, da sua cultura e da sua economia. Por isso, será feito um forte investimento nas freguesias através da implementação do plano de investimentos nas freguesias, que permitirá corresponder às expectativas da população e à resolução de problemas que melhorem as suas vidas. Este trabalho tem de ser feito para as pessoas e só dessa
forma poderemos “avançar” para os projetos de maior dimensão que fazem de Esposende um dos concelhos mais atrativos da região norte. Projetos relevantes como, por exemplo, o parque da cidade cuja primeira fase da obra se encontra em curso, o Centro de Divulgação Científica e Cultural, no Forte S. João, o projeto MarUminho, o parque desportivo municipal, sem esquecer o projeto de estratégia local de habitação a implementar no concelho através do projeto de construção de 104 casas e a requalificação dos bairros sociais existentes no concelho, dotando as pessoas de mais e melhores condições de vida no nosso território.