O que o levou a fundar a Europadel, e optar por Elvas enquanto localização deste complexo desportivo?

A ideia de fundar a Europadel em Elvas resultou de um acaso. Éramos dois sócios, de Badajoz, e decidimos pôr em prática a ideia de criar um complexo desportivo para padel na nossa região, mas as condições não se revelaram as
ideais e adequadas. Devido à proximidade, mas também porque, em Portugal, o padel estava a crescer enquanto desporto, julgámos interessante abrir a ideia a outros mercados. Resolvemos trazer o padel à região do Alentejo,
que era uma zona que não tinha este tipo de complexos para a prática deste desporto. Além disso, podíamos beneficiar de ter jogadores espanhóis e portugueses, maioritariamente do Alentejo – desde Portalegre até Elvas. Estes seriam os nossos clientes.

Quando diz que em Badajoz não encontraram as condições ideais, em Elvas isso aconteceu?

Sim, sim, sem dúvida. Desde o primeiro dia que demos a conhecer a ideia ao Presidente da Câmara – na época, Nuno Mocinha – foram-nos dadas todas as condições e todos os apoios para que pudéssemos avançar com a ideia. Foi muito simples começar a trabalhar em Elvas.

O que é que distingue este complexo dos restantes?

O nosso complexo é singular porque temos espaços para jogos indoor, mas sempre com luz natural, porque as nossas coberturas de policarbonato permitem a passagem da luz, ao ponto de 90% dos nossos jogos serem feitos com luz natural. Depois, é um espaço desenhado ao redor da parte social. Nós acreditamos que a parte social do padel é muito importante, por isso as zonas de convívio social têm vista para todos os campos de jogos.

Estes locais sociais são também impulsionadores para que mais gente fique a conhecer o padel?

Sim. Quando decidimos criar este complexo, pensámo-lo sempre com serviços associados. Há pessoas que vêm jogar padel e trazem os filhos – os filhos ficam no café; ou mesmo famílias inteiras que vêm ao complexo e os pais vão a aulas de Pilates, Aeróbica, Zumba enquanto as crianças treinam… São atividades que se complementam umas às outras e que fazem sentido todas juntas.

O que é que caracteriza particularmente o padel, que faz com que este desporto esteja a crescer ao longo dos anos e que chame agora pessoas mais novas?

O padel é um desporto muito fácil de começar a praticar, embora, com o avanço do jogador e da técnica, possa tornar-se também um jogo muito físico e exigente tecnicamente. Não é um desporto caro de praticar e qualquer um pode aprender a jogar padel.

Organizaram o primeiro torneio internacional – o FIP Promises 2025 – entre os dias 28 e 30 de março. Este tipo de eventos é importante para a Europadel? Que contributo traz este evento ao desporto e também à região?

Por norma, duas vezes por mês organizamos alguns torneios, mas este ano quisemos dar um passo a mais e decidimos organizar o nosso primeiro torneio internacional, da Federação Internacional de Padel. Trouxemos crianças de qualquer parte do mundo – do Chile, da Finlândia, da Roménia, de Portugal, de Espanha… Para nós,
enquanto clube é muito importante, porque conseguimos dar visibilidade ao padel e ao clube. Por outro lado, atraímos famílias inteiras – porque este é um torneio para crianças e jovens entre os 8 e os 18 anos que, portanto,
trazem as famílias – a visitar Elvas, que é uma cidade património da UNESCO.