Fisioterapia em Casa: uma forma mais próxima e confortável de tratar quem precisa

Vanessa Figueiredo é fisioterapeuta e percebeu, em 2020, que a Fisioterapia estava a ser negligenciada, pois a população não podia sair de casa para ir aos seus tratamentos. O projeto da Fisioterapia em Casa nasceu há cinco anos e, até ao momento, tem sido um sucesso. A equipa já cresceu e esta profissional de saúde empreendedora espera, inclusivamente, expandir os serviços para fora de Lisboa.

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Assume que a sua vida é cuidar das pessoas. Este projeto da Fisioterapia em Casa era algo que sempre tinha querido fazer?

Sempre fui atraída pela área da saúde, pelo meu perfil de cuidadora, e o facto de viver perto de Alcoitão também influenciou a minha escolha pela Fisioterapia. Na altura, a Fisioterapia ao domicílio era pouco comum, mas acabou por ser o contexto em que sempre trabalhei e com o qual mais me identifico. Tornar-me empreendedora não estava nos meus planos, mas a pandemia fez-me refletir sobre o futuro e, em 2020, iniciei o projeto que, felizmente, teve sucesso.

Em que moldes se desenvolve este projeto? Quais os aspetos-chave do mesmo que faz questão de manter, enquanto traços identitários do mesmo?

A Fisioterapia em Casa oferece um serviço personalizado que atende às necessidades dos clientes, no conforto das suas casas. Garantimos proximidade e acompanhamento de qualidade, com uma abordagem o mais humanizada
possível. Tudo isto é sustentado pelos valores que definimos enquanto equipa – confiança, ética, respeito, responsabilidade e empatia.

Enquanto criadora do projeto, de que forma espera que os seus serviços impactem quem vos procura?

A grande maioria dos nossos clientes está numa condição de saúde vulnerável. Logo, queremos que cada pessoa sinta que recebe um acompanhamento próximo, empático, de qualidade e o mais adequado à sua condição,
ajudando-a a recuperar a autonomia e confiança no seu dia a dia.

Quais os serviços que disponibilizam, no âmbito da Fisioterapia?

Atualmente, disponibilizamos os serviços de Fisioterapia Musculoesquelética e Desportiva, Neurológica, Respiratória Pediátrica e no Adulto, Envelhecimento, Pilates Clínico e Drenagem Linfática Manual.

Enquanto mentora deste projeto, que avaliação faz relativamente ao que ele é atualmente e da forma como pode, ainda, crescer?

Quando divulguei o projeto, em dezembro de 2020, era a única fisioterapeuta e deslocava-me em cinco concelhos de Lisboa. Quatro anos depois, somos uma equipa de 14 fisioterapeutas, abrangendo todo o distrito de Lisboa. Tem sido um crescimento sólido, com resultados positivos a todos os níveis. Acredito que ainda há espaço para expandir, especialmente através de novas parcerias e da inclusão de mais serviços que possam beneficiar diferentes perfis de clientes. A médio prazo, poderei equacionar alargar o projeto para fora de Lisboa.

Enquanto fisioterapeuta e empreendedora, considera que este projeto veio preencher um nicho de mercado onde existia necessidade?

Sim, sem dúvida. A necessidade de fisioterapeutas ao domicílio sempre existiu, mas tornou-se mais evidente a partir de 2020, com a pandemia. O receio generalizado de sair de casa levou à perda de mobilidade e à diminuição
da atividade, especialmente entre as populações mais vulneráveis, como os idosos. A pandemia também trouxe uma maior consciencialização sobre o papel da Fisioterapia em condições respiratórias, com o atendimento ao domicílio a ganhar destaque pela sua capacidade de minimizar o risco de contágio e agravamento dos sintomas. As pessoas também começaram a valorizar mais o seu tempo e conforto, e a Fisioterapia ao domicílio acaba por ser uma solução conveniente, permitindo flexibilidade de horários e um tratamento personalizado no ambiente familiar.