Jardins que harmonizam Homem e Natureza

A Jardins de Adónis procura recriar a Natureza em cada projeto paisagístico. Assim, design sinuoso e soluções sustentáveis são a base de um jardim – natural ou artificial – que se adapta a qualquer habitação ou empresa. Marisa Dias, paisagista e CEO, explicou-nos um pouco mais sobre esta filosofia de trabalho.

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Marisa Dias, paisagista e CEO

A Jardins de Adónis está no mercado há 17 anos. O que a levou a criar a empresa?

Depois de terminar o curso de Paisagismo, estudei as necessidades do mercado português e verifiquei que havia espaço para apresentar uma proposta de valor diferenciada. Somos uma empresa virada para o desenvolvimento, com formação contínua, para prestarmos um melhor serviço ao cliente.

Como se diferenciam das outras empresas de arquitetura paisagista do mercado?

Temos uma equipa multidisciplinar que é especializada em Jardins Verticais Naturais ou Artificiais, e de Cobertura, embora façamos todo o tipo de outros projetos. Uma outra, está no Design essencialmente sinuoso dos nossos jardins em oposição à generalidade de outras empresas que usam e abusam das linhas direitas. Temos uma filosofia de recriação da Natureza utilizando materiais e soluções
sustentáveis que criem espaços de harmonia e contemplação.

É possível ter um jardim mesmo nas habitações mais pequenas?

Sim, daí a necessidade crescente da instalação de jardins verticais que, para além de não ocuparem espaço, ajudam a modificar a paisagem e combatem o aquecimento urbano, já que a superfície com coberto vegetal tem ação como isolante térmico e acústico, purificam o ar retendo CO2 e aumentam a biodiversidade.

A liderança de uma mulher é distinta da de um homem?

Não consigo identificar diferenças de género na maneira de gerir uma empresa. O que existem são estilos de liderança, porque todas as pessoas são diferentes. Felizmente tenho o trabalho muito facilitado, porque quer o meu Coordenador de Operações, João Adónis, quer o António Noronha, responsável pelo Marketing, são elementos valiosos em quem confio e delego a maioria da condução dos trabalhos.

Reconhece nas empresas portuguesas uma maior abertura ao facto de as mulheres alcançarem posições de liderança?

Já trabalhei em grandes empresas, quer nacionais quer multinacionais, onde desempenhei funções de liderança e não notei diferenças nesse capítulo. Acho que a regra é haver meritocracia e as exceções tenderão a diminuir.

No que respeita aos desafios diários, colocados pelos diferentes papéis que a mulher desempenha, é possível conciliar todos?

Possível é, certamente. Há milhões de mulheres em Portugal que o fazem diariamente e com grande classe e dedicação. Mas é preciso reconhecer que principalmente na gravidez e nos primeiros anos de acompanhamento dos filhos é um desafio gigantesco, nunca suficientemente reconhecido e valorizado no contexto em que vivemos.