Como é que surge a Out of Limits?
A Out of Limits surgiu há cerca de 18 anos pela minha mente e do Ricardo Rosa, também ele cofundador da empresa. Nós fomos colegas na faculdade, no curso de Engenharia e Gestão
Industrial, e fomos seguindo o nosso percurso profissional lado a lado. Criou-se, entretanto, a
oportunidade de formarmos uma empresa ligada à indústria aeroportuária e fomos atrás do sonho. Temos vindo a crescer em conjunto numa área difícil, onde há grande concorrência e o caminho tem sido muito desafiante. Somos uma empresa altamente tecnológica, focada na otimização e na análise de performance dos sistemas. Começámos pela área das bagagens, – que é um bocadinho mais crítica -, e, ao longo do tempo, fomos trazendo tudo o que aprendemos para esta área. Isto é, transformámos dados em conhecimento. em 2008
fizemos o nosso primeiro software: implementámos essa solução no Aeroporto de Lisboa e, uns anos mais tarde, levámo-la para todos os aeroportos nacionais, e mais recentemente o
nosso trabalho tem sido reconhecido internacionalmente com a implementação da nossa solução em aeroportos europeus. Atualmente, também estamos presentes na Europa. Paralelamente, após um desafio do Aeroporto de Lisboa, surgiu a possibilidade de fazermos o produto “GoClean”, que consiste em tentar construir algo que permita melhorar a eficiência na gestão e limpeza das instalações sanitárias dos aeroportos.
As vossas soluções podem também auxiliar na resolução de problemas específicos e personalizados?
Uma das vantagens da Out of Limits é a possibilidade de sermos ágeis e de nos conseguirmos adaptar a cada uma das necessidades dos nossos clientes. Eu revejo a nossa solução com essa capacidade. Cada situação é uma situação e tem as suas especificidades. É importante conseguirmos adaptar-nos a essas diferenças.
Estamos a caminhar para um mundo onde o nosso próprio trabalho é interativo?
Sem dúvida. Cada vez somos mais digitais e todos temos internet. A possibilidade de comunicarmos ao segundo é real e essa interação permite a recolha de dados. Depois é uma questão de conseguirmos trabalhá-los para que eles possam trazer mais eficiência ao negócio.
Nesse sentido, quais são os principais desafios quando falamos em interatividade?
Na minha opinião, estamos no início. Acho que a forma como as marcas lidam connosco vai mudar radicalmente. Hoje em dia, a comunicação é direta entre a marca e o cliente. Eu costumo dizer que é preferível saber aquilo que nos espera para conseguirmos resolver. Não se consegue gerir aquilo que não se consegue medir. Sem dados, é impossível fazermos o que quer que seja. Se tivermos dados, sejam positivos ou negativos, vamos ter a capacidade de trabalhar com eles e de ir à procura da solução.
A tecnologia vai permitir-nos caminhar para um mundo mais sustentável?
Não tenho dúvidas disso. A tecnologia vai, cada vez mais, ajudar-nos a tornar o mundo mais sustentável e eficiente. A gestão do tempo vai ser feita com base na tecnologia. Acredito que a tendência vai ser para crescer.
Que caminho está reservado para a Out of Limits a nível futuro?
Estamos focados em dar continuidade aos casos de sucesso que temos tido com a plataforma GoRate, nomeadamente na área da Televisão com a Fuel Tv e Eleven Sports, e nas Smart Cities, com o projeto que temos com a Cascais Ambiente. Continuamos também a apostar na área do Gestão Eficiente da Limpeza em grandes edifícios, com a expansão do GoClean além aeroportos. Temos outra área de negócio – a inteligência artificial – em que estamos
a trabalhar forte e que vai ser o futuro.