As clínicas Dental360 são fruto do empenho e do sucesso profissional que granjeou desde o início da carreira. Desde 2002 até à atualidade, como vê este percurso?
Vejo um percurso com alguma sorte, ousadia e muito trabalho, procurando sempre a prestação de serviços adequados a cada cliente. Nas clínicas Dental360 não se tratam dentes, mas pessoas, encontrando o melhor sorriso para cada um. A atualização constante é fundamental para obter um crescimento contínuo e consistente.
Quais as especialidades disponíveis nas vossas clínicas?
Dedicamo-nos exclusivamente à Medicina Dentária abrangendo todas as suas especialidades. Dispomos de equipamentos de tratamento e meios de diagnóstico que nos permitem realizar tratamentos, desde os atos médico dentários mais simples às reabilitações mais complexas e multidisciplinares.

Que análise faz do facto de a Medicina Dentária ainda não fazer parte do SNS e ser vista como uma área dispendiosa?
A Medicina Dentária não estar integrada no SNS é uma realidade que não se irá alterar, devido ao défice crescente das nossas contas públicas. O médico dentista vive na realidade de conciliar o tratamento que o paciente pede, o que precisa e o que pode pagar. O elevado número de profissionais, a pressão dos seguros e as cadeias de clínicas low cost obrigam a maioria dos profissionais a praticar o mesmo custo de consultas há 20 anos ou a baixar preços. Compreendo que, para grande parte da população que subsiste com salários, reformas, subsídios e rendimentos sociais muito baixos, o acesso à Medicina Dentária é muito difícil mas, cada vez mais, um sorriso bonito e saudável é uma prioridade.
Acredita que ainda é necessário sensibilizar a população para a necessidade da prevenção dentária, em vez da intervenção?
Sim. Falta muita instrução para a higiene oral e alimentar. Faltam noções básicas de saúde e doença oral e da sua importância na saúde sistémica. Persiste muito medo do dentista. Uma população mal informada é muito permeável ao marketing e escolhe a pasta, a escova, o uso ou não de flúor, dentes naturais ou implantes e até a clínica que procura pela popularidade nas redes sociais, ao invés de conhecer os fundamentos médicos e científicos.
41% da população assume que há mais de um ano que não vai ao dentista. Qual a periodicidade correta para realizar um acompanhamento preventivo da saúde oral?
A periodicidade geralmente recomendada é semestral, mas todos os médicos dentistas informam os seus clientes consoante as suas necessidades especificas de quando devem voltar à consulta.

Como avalia o mercado, pré e pós-pandemia?
Ainda não noto diferenças significativas no mercado, mas acredito que irá piorar. Na prática clínica, nos gabinetes médicos e de esterilização muito pouco se alterou, sempre trabalhámos com meios contaminados e preparados para evitar as infeções cruzadas. Adaptámos as salas de espera e receção de forma a garantir o distanciamento e alterámos o agendamento de consultas, de forma a evitar ajuntamento de clientes.