Resposta multidisciplinar para idosos

Rui Francisco é o CEO da Miminho aos Avós, e responsável pela expansão da marca pelo país, em regime de franchising. Uma ideia que nasceu de uma necessidade pessoal e que se tornou numa empresa que presta cuidados ao domicílio, 24 horas por dia, todos os dias do ano, com o objetivo de assegurar o bem-estar biopsicossocial dos idosos.

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Rui Francisco, CEO e franchisador

A Miminho aos Avós nasceu de uma necessidade pessoal, de acordo com Rui Francisco. Um familiar idoso adoeceu e precisava de alguns cuidados que não eram fáceis de encontrar: “Não existia no concelho de Ourém nenhuma empresa licenciada no Serviço de Apoio Domiciliário (S.A.D.) Pretendíamos um profissional que, além das necessidades básicas, fizesse estimulação física e cognitiva, mas não encontrei. Encontrar fraldas também se revelou difícil – ninguém me sabia indicar qual o produto adaptado à necessidade concreta da pessoa”.

Por isso mesmo, decidiu ele mesmo criar essa resposta multidisciplinar: “Prestamos serviços 365 dias por ano, 24 horas por dia, cobrindo necessidades que vão desde os cuidados de higiene, conforto pessoal e de imagem, higiene habitacional, confeção de alimentos no domicílio e apoio nas refeições, respeitando as dietas com prescrição médica, tratamento da roupa, dinamização de atividades lúdicorecreativas, socioculturais, desportivas, intelectuais/formativas, espirituais e/ou religiosas, ocupacionais, socialização, designadamente animação, lazer e cultura, aquisição de bens e géneros alimentícios, pagamento de serviços, deslocação, apoio psicossocial e outros que contribuam para promover a autonomia do idoso”.

Os centros geriátricos da Miminho aos Avós dispõem de consultas no domicílio de várias especialidades, além de uma loja que disponibiliza todos os produtos e equipamentos adequados ao cuidado dos idosos: “Disponibilizamos todos os equipamentos que concorrem para o bem-estar na área da saúde, seja calçado adaptado, ajudas técnicas, artigos ortopédicos, consumíveis, equipamentos de enfermagem, médica, diagnóstico e fisioterapia”.

A Marca conta já com 13 centros geriátricos espalhados pelo país, em regime de franchising, que Rui Francisco considera ser uma boa opção: “A nossa área de intervenção necessita de uma relação de proximidade e o franchising permite isso. Toda a atividade é alvo de formação prévia, acompanhada de Manuais e Checklist de autorregulamentação. Periodicamente, a Marca acompanha presencialmente as Unidades e valida os procedimentos. Através de uma plataforma informática comum, são verificados os processos”.

O CEO diz que ainda há muito para fazer na área social: “Existe um progresso significativo na sensibilização e nas ações concretas sobre a questão do envelhecimento, mas falta o Estado reconhecer a sua incapacidade de resposta e implementar um sistema de Acordos com o setor privado. Faltam respostas no que respeita a atividades socioculturais, lúdico-recreativas, ocupacionais e socialização. Ainda existe um longo caminho a percorrer”.

1 COMENTÁRIO

  1. O trabalhador formal também deveria ser valorizado. Trabalho de várias horas sucessórias,a empresa não dá garantia nenhuma ao cuidador de idoso. Isso deveria ser avaliado. Trocam de funcionários, usando motivos fúteis. As imigrantes brasileiras são o principal alvo. A empresa não oferece contrato. É só por recibos verdes. Cuidamos de utentes com Covid,patologias graves. Deixamos nosso lar para dar o melhor e infelizmente somos desvalorizados. Fazemos turnos de 24 horas,48 horas e serviço interno. Pedimos que as empresas nos dê mais atenção.
    Muitas sofremos de síndrome de Bornout, depressão, insônia. Não temos dinheiro para transporte. Alguns domicílios não oferecem Alimentação.
    Pedimos mais apoio as empresas. Pois damos nosso melhor a esses idosos. Como se fossem nossos avós.

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