“Sem logística, não há cadeia de abastecimento”

A Moldtrans celebrou, a 25 de outubro, 30 anos de atividade em Portugal, nas áreas da logística, transportes e serviços. Luís Paupério, sócio-gerente da Moldtrans Porto e Aveiro e gerente da Moldtrans Lisboa, salientou a vocação global da empresa e a preocupação com o bem servir o cliente.

0
1600
Luís Paupério, Sócio-Gerente da Moldtrans Porto e da Moldtrans Aveiro, Gerente da Moldtrans Lisboa, Vice-Presidente da APAT

Ao longo deste tempo, que avaliação faz do crescimento da empresa e do seu posicionamento no setor da logística?

Quando começámos, éramos cinco no Porto e dois em Lisboa. Depois de um início complicado, em 1993, e num cenário pouco auspicioso, fui designado como procurador da administração, assumindo definitivamente as rédeas da empresa em 1995. Conseguimos recuperar e seguir uma trajetória ascendente, ainda que muito dependentes da realidade ibérica. Em 2010, entra na sociedade a família Moldes. Com um dos acionistas fundadores, Ricardo Ramos, e eu próprio, constitui-se os atuais sócios da Moldtrans Porto, Lda., designação ostentada desde o final de 2014. Estas alterações permitiram alargar de forma significativa a oferta de serviços aos clientes, e a consequente carteira, quer pelo meio de transporte, quer pelo número de países para/de onde os coordenamos, sendo atualmente uma empresa de vocação global e de serviços diversificados.

Como é delineado o plano de transporte com o cliente?

É importante que a comunicação exista entre as partes; apenas exigimos ao cliente toda a informação relevante para o caso, como nos comprometemos em devolver a transparência. Atualmente, temos o apoio de um software avançado que permite uma gestão transversal das nossas atividades, BeOne e, a par da Moldtrans Lisboa e da Moldtrans Aveiro, somos os únicos em Portugal a usá-lo. Mas o telefone ainda é um amigo importante.

As empresas tentam distinguir-se no seu modo de tratar os clientes. Como pode a Moldtrans ajudar, tendo em conta os vossos serviços?

Uma das nossas grandes preocupações é a proximidade: reconhecemos que todas as empresas são constituídas por pessoas e procuramos estabelecer mais do que uma simples ponte profissional. Esse tratamento atencioso é um elemento diferenciador. O desafio tem sido conciliar essa escala menor com a de uma carteira de clientes crescente e variada. Isso passa por ter as pessoas certas no escritório e uma oferta vasta e competitiva. Estamos aptos a coordenar transportes praticamente para qualquer lado com garantias e fazemos alguns serviços mais exclusivos, como logística em feiras, transportes expresso dedicados, consultoria e apoio em questões aduaneiras, para nomear alguns.

Como avaliam a economia portuguesa e mundial, tendo em conta a crise que se faz sentir, devido à Covid-19?

Com precaução. Ainda que seja global, tem havido algum desequilíbrio no fluxo dos acontecimentos. Considero precoce qualquer análise definitiva, cabe-nos fazer o nosso melhor, confiar no comportamento das pessoas e nas capacidades da comunidade científica.

Os setores dos transportes, logística e serviços são dos que mais impactam o ambiente. Que medidas têm sido levadas a cabo para reduzir este impacto ambiental?

Para além de algumas medidas globais, como a norma IMO2020, que limita o enxofre utilizado no combustível de navios, percebe-se que os produtores também têm apostado em materiais mais verdes. Da nossa parte, temos tentado priorizar a coordenação de transportes de maneira mais consciente sugerindo, por exemplo, TMCD (transporte marítimo de curta distância). No Grupo, existe também um manual de boas práticas ambientais para colaboradores.

Como antecipa a evolução deste setor?

Prevejo que crescerá, sobretudo nos aspetos ligados ao e-commerce. Sem logística não há cadeia de abastecimento. A nossa responsabilidade está em continuar a avançar briosamente, a par dos clientes e da realidade global.

www.moldtrans.com/pt-pt