Por David Ginivan & Jessica Fuhl, Content Marketing Director da Sage
O maior teste mundial da semana de trabalho de quatro dias terminou e os resultados são bastante positivos. Globalmente, cada vez mais e mais empresas estão a avaliar o efeito nos resultados dos negócios e na satisfação dos colaboradores ao passar de uma semana de cinco para quatro dias. À medida que organizações como o World Economic Forum (WEF) avaliam o quão alcançável pode ser globalmente, o papel da automação e da tecnologia será vital para ajudar e torná-lo realidade.
A pandemia virou de cabeça para baixo as formas estabelecidas de trabalhar e deu início a uma nova era de pensar sobre que outros sistemas e tradições também poderiam mudar para melhor. A semana de trabalho de quatro dias, que até à pandemia, era anunciada principalmente por agências criativas e start-ups, passou a ser anunciada por empresas de maior dimensão. Grandes empresas seguiram o exemplo.
Especialistas disseram que no Canadá uma semana de quatro dias é “inevitável”. Nos EUA, há uma legislação no estado de Maryland para tornar esta medida uma realidade em todo o estado. Em França, estudos recentes revelam que cerca de 5% das empresas estão a adotar a semana de trabalho de quatro dias. E no Reino Unido, 100 empresas aderiram à ideia sem introduzir um corte salarial. E os sinais iniciais são de que não há perda de produtividade ao fazê-lo. No entanto, para passar de um teste para alguns sortudos para uma realidade de negócios adotada em massa, irá exigir às empresas de todas as dimensões algum trabalho e planeamento. Caso contrário, o que deveria ser uma forma de criar maior satisfação com o mínimo impacto nos negócios, verá apenas os colaboradores a espremer cinco dias de trabalho em quatro, o que poderá ter o resultado oposto, levando ao burnout e à desilusão.
A mudança para o trabalho flexível está a tornar-se um imperativo comercial no mercado de trabalho a nível global, sendo a semana de quatro dias de trabalho apenas um exemplo da última tendência neste setor.
Independentemente de as empresas adotarem a semana de quatro dias de trabalho ou não, o desejo de todas as gerações de funcionários é a flexibilidade incorporada no dia de trabalho. A maioria das pessoas quer realizar um dia de trabalho honesto, mas dada a necessidade de equilibrar as responsabilidades pessoais e profissionais, as empresas necessitam procurar capacitar os funcionários com flexibilidade para acomodar o seu trabalho em torno das suas vidas ocupadas e, muitas vezes, complicadas. Isso requer uma mentalidade aberta e de confiança das administrações, bem como da incorporação de tecnologia para garantir que o trabalho híbrido e flexível não tenha um custo para o resultado final.
É imperativa a implementação de tecnologia cloud, que permita que os funcionários trabalhem a partir de qualquer lugar e a qualquer hora. É vital ter a tecnologia de RH correta, que permita que as empresas tenham horários e padrões de trabalho não tradicionais. Outra consideração quando se trata de tecnologia, é contar com um software de RH que reflita na sua aparência a cultura da sua empresa. A análise de RH e de pessoas é também essencial para empresas que gerem forças de trabalho flexíveis para permitir a tomada de decisões de negócios orientadas por insights.
A chave para o sucesso das empresas que implementam iniciativas de trabalho flexível, como, por exemplo, a semana de trabalho de quatro dias, tem sito a utilização de dados. É obrigatória a avaliação dos níveis de produtividade e de envolvimento dos programas de trabalho flexíveis, bem como estudos para entender o sentimento dos funcionários. Para isso é necessário um sistema de RH que lhes dê informações poderosas na ponta dos dedos, para permitir a tomada de decisões verdadeiramente informadas por dados.