Tecnologia que cria o futuro

A Bring celebra este ano o seu décimo aniversário. Com um nascimento simultâneo em três países diferentes, esta empresa de soluções digitais e tecnológicas já demonstrava, desde a sua criação, o desejo de ser global. O CEO, Carlos Alves, está convicto de que os próximos 10 anos serão de crescimento e expansão, numa continuidade daquilo que vem acontecendo desde o surgimento da empresa.

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Carlos Alves, CEO

Ao longo destes 10 anos, como foi a evolução da empresa?

A Bring nasceu no final de 2011 em Lisboa, Madrid e Nairobi quase simultaneamente, com o desígnio de ser uma empresa global. Sempre nos focámos em sermos especializados no que fazemos e em ter capacidade para competir com sucesso, qualquer que fosse a região do globo. Inicialmente, crescemos a equipa com base em ADN português aproveitando a excelente capacidade de engenharia portuguesa e de adaptação a outras culturas, aliando o conhecimento das nossas competências ao conhecimento de indústria. Passados 10 anos, além das três localizações originais, temos um centro de competências digitais na ilha Terceira que faz projetos para o mundo. A partir de Nairobi, estamos a operar para toda a África Subsariana e, do outro lado do Atlântico, estamos presentes em Santiago do Chile e Bogotá e na cidade do México. No Médio Oriente, temos presença no Dubai e estamos a equacionar a criação de um novo centro de competências até ao final do ano. Por fim, na Europa, além de Portugal e Espanha, estamos a fazer projetos em vários países e reforçámos a presença no Reino Unido, fortalecendo a equipa de gestão e a capacidade local.

Quais as principais soluções que desenvolvem? Para que áreas de atuação?

Hoje temos ofertas na área de “Data Solutions”, onde estamos desde a definição e modernização de arquiteturas de dados complexas, em temas como governo de dados até às áreas onde temos soluções analíticas acerca das interações dos clientes e do “on-boarding” de clientes e produtos, bem como verticais para Banca e Telecomunicações, focadas no “move-to-cloud”. Estamos igualmente na área de otimização de processos, com impacto nos resultados dos nossos clientes, recorrendo a “machine learning” em parceria com a empresa líder global de mercado. Para além do mundo analítico, adicionámos à oferta a componente de integração de dados em temas como “API management”, sendo um dos pilares fundamentais da nossa oferta de “open-banking”. Na nossa área de “Digital”, estamos maioritariamente focados em Banca e em transformações digitais com base em soluções de “omni-canal”, tendo uma parceria estratégica com a empresa líder de mercado neste domínio. Temos sido distinguidos com vários prémios globais nesta linha de negócio, onde seremos uma das empresas que mais transformações digitais realizou pelo mundo. Ainda nesta área, lançámos recentemente uma oferta inovadora de modernização de “catálogos e pricing”. Por fim, temos uma oferta de “digital payments” com especial foco em “cross-border payments – remittances”, onde estamos a ajudar os nossos clientes a aumentarem muito as suas margens neste negócio, com modelos de colaboração inovadores.

Atualmente, desenvolvem soluções para cerca de 20 países. Comparativamente com Portugal, quais as principais diferenças do mercado internacional?

Em Portugal, há empresas que têm iniciativas ao nível do melhor que se faz no mundo. Os melhores adotam um posicionamento de “best-in-class”, fazendo os investimentos corretos alinhados com a estratégia, acabando naturalmente por ter o retorno desejado. De qualquer forma, uma das características que mais se evidencia e que é muito presente em Portugal é a existência de uma grande pressão sobre os preços.

Comparando os mercados português e inglês, quais as diferenças que destaca de cada um?O Brexit veio, de alguma forma, dificultar o trabalho com Inglaterra?

Um dos aspetos notórios no mercado inglês é o cumprimento de expectativas, em todas as relações internas e externas, sendo que o nível de compromisso é elevado, e, de forma equivalente, o incumprimento é pouco tolerado. O Brexit provocou alterações nas movimentações de pessoas, que passam pelo reassumir da autonomia das decisões, incluindo quem pode entrar, permanecer no país, mas mantendo-se a liberdade de escolha dos parceiros comerciais.

Muitas vezes a informação existe, nas empresas e indústrias, mas não é tratada ao ponto de ser possível extrair dela dados que ajudem a melhorar os serviços e os processos de trabalho. As soluções que a Bring apresenta conseguem auxiliar nestas questões?

Esta é uma das áreas que é “core business” na Bring e a resposta é claramente sim, ajudam. Convém enfatizar que o tema não é falta de dados, é sim a capacidade do que fazer com eles de forma escalável, acessível e estando preparado para acomodar as naturais evoluções do negócio. Hoje planear transformações de negócio e tecnológicas sem pensar nos dados e nos efeitos colaterais da ausência de integração dos mesmos não é uma boa prática. O mundo está a ser engolido pelas empresas de tecnologia e a complexidade à volta dos dados vai aumentar exponencialmente. Atualmente, uma empresa sem uma base sólida para converter dados em informação e sem capacidade para descobrir o que a informação esconde é como um barco à deriva, onde tudo pode acontecer.

A transformação digital está a acontecer, mas os setores da Banca e das Telecomunicações são aqueles que estão mais avançados na sua concretização. Qual a ação da Bring junto destas duas áreas, de forma a ajudar a transformação digital a acontecer, mas de forma segura?

Somos privilegiados por estarmos a fazer projetos pelo mundo nestas indústrias, sendo que, por serem diferentes, a nossa abordagem e equipas também são necessariamente diferentes. A nossa visão é inspirada nas pessoas e na melhoria da sua experiência no dia a dia através das soluções que utilizam.

Quais os objetivos seguintes que a Bring se propõe alcançar?

A Bring é uma empresa jovem e a sua ambição é grande. Vamos fazer 10 anos e seguramente que os próximos 10 serão igualmente desafiantes. Esperamos um aumento da nossa cobertura geográfica e uma permanente inovação e evolução do nosso portfólio. É igualmente expectável a evolução dos nossos modelos de negócio, com o foco nos resultados. Queremos ser cada vez mais uma referência relevante no que fazemos e garantir que o nosso ADN enquanto empresa continuará a fazer a diferença pelo mundo.

www.bringglobal.com

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