Os seguros são uma área em constante inovação, porque a realidade social assim o exige. Como evoluiu, desde a nossa última entrevista, o mercado segurador?
Estamos a entrar numa Era onde a personalização e a eficiência são palavras-chave. A IA e o machine learning permitem uma avaliação de riscos mais precisa e rápida, o processamento quase imediato de sinistros e a personalização de apólices ao nível do cliente individual. Por outro lado, fatores relevantes como as alterações
climáticas e a cibersegurança têm levado a uma transformação dos produtos e das estratégias de mitigação de risco.
As alterações climáticas e os desafios da IA criam desafios às seguradoras, a quem é pedido que apresentem soluções de proteção específicas para estas áreas. Isso já acontece?
Sim. No que toca às alterações climáticas, os produtos têm vindo a ser reformulados para exprimir eventos climáticos extremos, como as inundações, incêndios e tempestades. Estes produtos exigem uma abordagem,
tanto nas condições como na tarifa, baseada em dados e frequências, onde a IA desempenha um papel essencial na modelagem de riscos e na previsão de eventos.
A tecnologia também ajuda muito esta área. Como descreve o uso de tecnologia por parte da Oficial Seguros, no seu dia a dia, para simplificar os processos?
A tecnologia é a base da nossa estratégia na Oficial Seguros. Estamos constantemente a investir em ferramentas que otimizem a gestão de processos, a comunicação interna e o relacionamento com os nossos clientes. Prova
disso é a nova plataforma que entrará em funcionamento nos primeiros dias de janeiro, permitindo-nos integrar a IA em tarefas operacionais, automatizar processos e centralizar a gestão de informações. Estamos também a
reforçar a nossa presença online com estratégias digitais baseadas nesta tecnologia, ajudando-nos a identificar novas oportunidades e a oferecer soluções mais personalizadas.
A Oficial Seguros completou 10 anos o ano passado. Esse foi um marco para a empresa? Em que sentido?
Os 10 anos marcaram um momento de reflexão e projeção para o futuro. Celebrámos esta data com uma estratégia mais robusta, integrando novas tecnologias, e focando-nos em criar experiências únicas para os nossos clientes. Estes 10 anos são o início de um novo ciclo, onde queremos continuar a ser uma referência no setor e ampliar a nossa presença digital.
Mesmo a nível europeu, existe a responsabilidade comunitária de proteger os seus membros. Que opinião tem sobre a possibilidade de desenvolver o setor segurador, alargando-o para um nível comunitário?
A ideia de um mercado segurador europeu é extremamente relevante e necessária, já que um mercado integrado viria permitir uma maior eficiência na partilha de riscos e na oferta de produtos que respondam a necessidades
comuns, como os desastres climáticos e as crises económicas. Não obstante, é fundamental que qualquer iniciativa comunitária considere as especificidades de cada país, criando soluções que sejam flexíveis e adaptáveis. Acredito
que, enquanto setor, temos muito a beneficiar com uma maior colaboração a nível europeu, já que isso fortaleceria a confiança dos consumidores e criaria uma rede de proteção mais abrangente e sustentável.