Conta já com mais de 15 anos de experiência no setor farmacêutico. Como analisa o seu percurso num setor tão competitivo e exigente como é o da saúde?
Sim, iniciei em 2009, no final dos tempos áureos, e na transformação do setor. Tenho pena de não ter iniciado antes. Sendo o mercado que trabalho o da tecnologia, tem sido desafiante contornar as adversidades, vender a ideia e certeza da rentabilidade em cada equipamento. Um percurso de altos e baixos, de evolução como profissional e empreendedora. Agora como gestora, sem perder o dom comercial. Formar, capacitar e empoderar a equipa tem sido dos meus desafios mais resilientes. Num mercado tão difícil quanto o nosso, restrito ao número limite de clientes, pergunto-me como temos conseguido manter o talento e a confiabilidade de nos mantermos fiéis ao nosso foco: crescer e criar impacto nas farmácias portuguesas.
Sendo mulher, acredita que o género influenciou as suas decisões e a forma como foi gerindo a sua carreira?
Sempre tive cuidado com a minha imagem, discurso e posicionamento. Considero-me bastante audaz e criativa, mas nunca me preocupei de como fazer o quê na minha vida profissional por ser mulher. Preocupava-me sim, ganhar o meu lugar no terreno sem género ou posto. Não estive muito atenta à resposta do setor, por me apresentar como mulher empreendedora e na área da tecnologia. Fui sim, estando atenta ao posicionamento da Elypharma, atenta às dores do nosso crescimento, corrigindo, aprendendo e mitigando cada erro, ligada à resposta do mercado e a qualquer feedback menos positivo que me fizesse melhorar.
Como caracteriza, atualmente, a Elypharma e os serviços que presta? De onde surgiu a necessidade de criar, também, a Elything?
Neste momento, sinto orgulhosamente que a Elypharma já é uma referência quando falamos de tecnologia às ordens da eficiência e da rentabilidade. Sinto que ganhamos o nosso espaço no mercado da farmácia comunitária portuguesa. Somos a rede de consultores no terreno preparados para acompanhar todos os processos no cliente. Temos o objetivo de ser o melhor serviço técnico prestado e de excelência. A Elything nasce disso mesmo, do lugar que ganhamos! Enquanto empresa de tecnologia, sendo ela mutável diariamente, achei que precisávamos de novos desafios, de sair da minha zona de conforto… E porque não, agora, transformar a eficiência empresarial, hoteleira? De qualquer coisa? Aqui nasce a Elything para “anything”!
O PROJETO ELYTHING E A EQUIPA
Em que se distingue a Elything da Elypharma?
A Elypharma será sempre o meu bebé, aquele projeto que me saiu das entranhas, dedicado à transformação e tecnologia de farmácia. A Elything dá continuidade abrangendo o mercado empresarial e hoteleiro com robotização
de serviço, às ordens da eficiência, da rentabilidade processual, da melhoria dos processos, libertando pessoas para as pessoas e para o atendimento ao cliente.
Com o avanço da tecnologia – em particular da IA – esta é uma área que as farmácias podem aproveitar de forma particular para simplificar o seu trabalho e oferecer resultados ainda melhores aos seus clientes, enquanto aumentam a oferta de serviços?
Sem dúvida, há cada vez mais produto, mais fórmulas farmacêuticas, mais gestão, repetição de tarefas, falta de recursos humanos. A tecnologia, aliada ao bom senso e à rentabilidade, vem melhorar a qualidade do atendimento e da atenção ao utente. Vem proporcionar qualidade de serviço prestado, melhor satisfação, mais saúde e felicidade de e para os utentes de cada farmácia.
“Quando nos perguntam ou afirmam, “os robôs vêm tirar o emprego das pessoas”, o nosso
compromisso é demonstrar que os robôs vêm sim para otimizar os processos e limitar as tarefas
repetitivas permitindo que as pessoas libertem a sua criatividade nos seus trabalhos”.
Por que razão apostaram na área de preparação individualizada de medicação (PIM) e sua administração? Esta é uma área em desenvolvimento acentuado?
A preparação da medicação tem o seu grande grito em plena pandemia. Falta de recursos e tempo provocam desalinhamento e descontrolo nos stocks e na administração da medicação, principalmente nas instituições. As farmácias, estando na linha da frente durante a pandemia, começaram a ser procuradas para dar auxílio nesta tarefa. Aqui começámos o nosso caminho neste sentido, se procuramos eficiência tecnológica, procuramos os melhores parceiros e começamos a aprimorar a oferta para robotizar o serviço de forma precisa e controlada. Temos
acompanhado de perto o crescimento dos nossos clientes, aqueles que apostaram na fiabilidade de 99,997% dos nossos robôs de PIM e fizeram dele o melhor serviço nas suas farmácias.
Quão importantes são as pessoas para o desenvolvimento saudável da empresa e para o foco na inovação e na aposta nas últimas soluções de ponta?
Tenho duas marcas que se dedicam à transformação tecnológica e processual, sem dúvida a tecnologia, robotização e IA vieram para ficar. Sou uma pessoa de conexões e de pessoas. Acredito, e trabalhamos, para que o contacto
humano prevaleça. Quando nos perguntam ou afirmam, “os robôs vêm tirar o emprego das pessoas”, o nosso compromisso é demonstrar que os robôs vêm sim para otimizar os processos e limitar as tarefas repetitivas permitindo que as pessoas libertem a sua criatividade nos seus trabalhos.

Como se desenha o futuro para a Elypharma e a Elything?
Risonho, muito! Tenho comigo a melhor equipa, tenho comigo as ideias certas para colocar em prática em cada oportunidade colocada no caminho! O futuro é hoje!









