Valor Digital #006

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O tecido empresarial português é constituído, sobretudo, por Pequenas e Médias empresas e todos os dias surgem novas startups, microempresas e negócios por conta própria que procuram desenvolver uma ideia.

A área de Investigação e Desenvolvimento (I&D), porém, ainda não é aquela onde as empresas mais apostam, sobretudo quando falamos de empresas de menor dimensão.

Em 2023, os últimos dados do PORDATA mostram que a contribuição do setor do I&D das empresas para o PIB nacional foi de 1,06%. Isso coloca Portugal em 11º lugar no ranking de 26 países europeus analisados.




Estes dados, recolhidos na Base de Dados europeia do Eurostat, demonstram que, dos países analisados, a Suécia é que está em primeiro lugar na aposta em Investigação e Desenvolvimento, com mais de 2,5% do PIB a resultar deste investimento por parte das empresas.

Ao longo dos últimos 25 anos, Portugal tem visto o I&D das empresas contribuir cada vez mais para o PIB nacional, apesar de se ter verificado um abrandamento nos anos da grande crise económica.

Mas, estará Portugal no bom caminho? A importância da Investigação e Desenvolvimento no contexto empresarial é cada vez mais evidente, porquanto falamos de áreas de atividade em expansão ligadas às tecnologias. Aliás, hoje qualquer área tem uma influência tecnológica ou minimamente digital, pelo que o desenvolvimento e aperfeiçoamento destes produtos é fundamental.

As empresas representadas nesta edição são o retrato da necessidade de I&D para um bom desenvolvimento e crescimento sustentado.

Com todos os apoios europeus existentes, e a capacidade de fazer acontecer dos nossos empresários, será possível a Portugal vir a ocupar um lugar de maior destaque junto dos parceiros europeus que mais investem em I&D? O desafio de aumentar o contributo para a área da Defesa aí está, em jeito de teste, para provar isso mesmo. Investigação e Desenvolvimento são cruciais hoje para o avanço da sociedade. Não o fazer é contribuir para a estagnação, atraso e falta de capacidade competitiva das empresas e da economia portuguesa. Somos capazes de nos destacar entre os melhores? O futuro (breve) o dirá!