Valor Digital #010

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A saúde mental em Portugal está, finalmente, a ter mais alguma atenção da população. Já foram realizadas várias campanhas, inclusivamente com personalidades conhecidas e desporto e da vida pública nacional, que permitiram desmistificar um pouco o estigma ainda associado à procura por um psicólogo.

A saúde geral de um indivíduo é composta pela sua saúde física e mental, pelo que ignorar qualquer uma delas coloca em risco o seu bem-estar geral. No entanto, é na saúde mental que mais se vive o estigma da vergonha, d isolamento e da não compreensão face a qualquer dificuldade.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, cerca de 22,6% dos portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica, o que faz de Portugal o segundo país com a segunda taxa mais alta de prevalência de doenças psiquiátricas, sendo ultrapassado apenas pela Irlanda do Norte.

PERTURBAÇÕES PSIQUIÁTRICAS MAIS PREVALENTES ENTRE A POPULAÇÃO PORTUGUESA:

  • Perturbações de ansiedade – 16,5%;
  • Perturbações do humor – 7,9%;

Em Portugal, perto de 4% da população lida com perturbações mentais graves; 11,6% tem perturbações mentais moderadas e 7,3% perturbações de gravidade ligeira.

Entre todas as doenças, as perturbações mentais e do comportamento representam 11,8%. Esta percentagem é superior à das doenças oncológicas (10,4%) e só é inferior à das doenças cérebro-cardiovasculares (13,7%).

O desafio é grande, mas para os psicólogos é possível – e desejável – uma maior integração das consultas de Psicologia e Psiquiatria no Serviço Nacional de Saúde, inclusivamente contando a ajuda de profissionais que, neste momento, trabalham em consultório próprio.

Mensagens a não esquecer:

  • A saúde mental é uma parte crucial da sua saúde geral e sem ela não alcançará o seu bem-estar integral;
  • Procurar ajuda psicológica é fundamental e deve ser feito aos primeiros sinais de necessidade;
  • Pedir ajuda não é uma fraqueza. Cuidar da sua saúde mental é fundamental e demonstra coragem para lidar com os problemas.