All you need is Love (nas organizações)

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O Ser Humano é um ser emocional, que aprende, decide e vive pelas emoções. Então não somos nós seres eminentemente racionais?

O que temos por certo e estudado é que mediante um qualquer acontecimento, num 1/5 de segundo a emoção instala-se e em cerca de 6 segundos todo o corpo está “controlado” por essa mesma emoção. Também sabemos que 80 a 90% das nossas decisões diárias são automáticas e apenas 10 a 20% são tomadas de modo consciente (ou racional). Certamente não se pretende com isto desvalorizar o nosso eu racional. O equilíbrio entre as duas partes é fundamental. Segundo Donald Calne “A diferença essencial entre a emoção e a razão é que a emoção leva à ação, enquanto a razão leva a conclusões”. Daí a importância dos temas, que hoje tanto se discutem, como: Inteligência Emocional, Programação Neurolinguística e a Felicidade e o Amor nas organizações. Sim, isso mesmo, Amor! Estes últimos conceitos tão “pessoais” e “íntimos” estão cada vez mais a ser trabalhados e aplicados nas empresas. Algo que supostamente e até há uns anos atrás, era completamente indesejável: ideias a erradicar do mundo racional e profissional. Hoje em dia e cada vez mais deseja-se que estejam integradas, presentes e em sintonia com as nossas várias dimensões humanas.

A noção de Amor aplicada no contexto organizacional revela-se, maioritariamente, pela preocupação com o bem-estar do próximo, podemos estar inclusive a falar do conceito de Compaixão. Daniel Goleman diz-nos que, “A verdadeira compaixão não significa apenas sentir a dor de outra pessoa, mas ser motivado a eliminá-la” e é exatamente isso que faz a diferença nas nossas organizações. Não precisamos de gente que chore pelos nossos infortúnios mas sim que se apresente perante estes e nos diga “O QUE POSSO FAZER POR TI?”.

Em conhecidas organizações como a Whole Foods e a Southwest Airlines encontram-se referências a estes conceitos nas suas políticas e cultura organizacional. Na variadíssima literatura de gestão deparamo-nos com inúmeras considerações sobre o Amor e a sua ligação com a geração de lucros.

É um facto que as pessoas precisam de ter relações saudáveis no trabalho para produzir com resultado. Sabemos também que os sentimentos de felicidade e amor proporcionam melhor “saúde”, logo, menor absentismo, bem como menos turnover e maior performance! Por oposição, o vazio e desumanização das organizações torna-nos desligados, desinteressados.

Os conceitos de Liderança, nos dias de hoje são indissociáveis do conceito de Amor, porque Amor, não é (só) sentimento, mas comportamento, entusiasmo, criatividade e excelência!

Tendo tudo isto em consideração, espero que faça do dia de hoje, um excelente dia de S. Valentim!