Arrendar casa em Portugal custa até mais 57% em algumas regiões e comprar custa, em média, mais 70 mil euros face a 2024

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O Imovirtual, portal imobiliário de referência, divulga o seu barómetro mensal referente à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda em Portugal, incluindo as regiões autónomas. Este relatório analisa os dados de março de 2025 e compara-os com fevereiro de 2025 e com março de 2024.

Arrendamento
O valor médio dos imóveis para arrendar em Portugal voltou a subir, mantendo a tendência de crescimento
dos últimos meses. Em termos anuais, registou-se um aumento de 8%, com os preços a subirem de 1.200€
para 1.300€. Face a fevereiro de 2025, a subida foi de 4%.

Os distritos mais baratos para arrendar em março foram Bragança (475€), Portalegre (480€), Guarda (500€) e Castelo Branco (550€). Já os mais caros foram Lisboa (1.750€), Ilha da Madeira (1.650€), Faro (1.260€) e Setúbal (1.250€).

Venda
No que diz respeito ao preço médio de venda a nível nacional, verificou-se uma subida de 3% em março de 2025 face ao mês anterior, passando de 385.000€ para 395.000€. Em termos anuais, os preços registaram um crescimento de 22%, representando uma subida de 70.000€ em relação a março de 2024 (325.000€ para 395.000€).

Os distritos mais acessíveis para comprar casa em março foram Castelo Branco (83.500€), Guarda (99.000€), Bragança (113.250€) e Ilha da Graciosa (119.000€). Já os mais caros continuam a ser Lisboa (595.500€), Ilha da Madeira (575.000€) e Faro (509.850€).

Ao analisar o mercado imobiliário em termos de arrendamento e venda, continuam a verificar-se disparidades significativas entre as várias regiões do país. No arrendamento, o Centro e o Norte mantêm-se como as zonas com valores mais acessíveis. Destacam-se Bragança (475€), Castelo Branco (550€) e Guarda (500€) como alguns dos distritos mais económicos para arrendar casa. Por outro lado, o Sul e as Ilhas continuam a apresentar os valores médios de renda mais elevados, com Lisboa (1.750€), Faro (1.260€), Setúbal (1.250€) e a Ilha da Madeira (1.650€) no topo da lista. Apesar de alguma estabilização de preços em várias zonas, observaram-se subidas relevantes, como no caso de Vila Real, que aumentou 20% num só mês, e da Ilha Terceira, que registou um crescimento mensal de 18%, consolidando-se como uma das ilhas com maior valorização no arrendamento.

Já no mercado de venda, o Sul e as Ilhas continuam a destacar-se pelas maiores valorizações anuais. O distrito de Lisboa lidera com 595.500€, seguido pela Ilha da Madeira (575.000€) e Faro (509.850€), refletindo a forte procura nestas regiões. A Ilha do Faial, embora tenha sofrido uma quebra mensal de -11%, apresenta ainda um crescimento anual de 51%. Em contraste, distritos como Bragança (113.250€), Castelo Branco (83.500€) e Portalegre (120.000€) mantêm-se como os mais acessíveis para quem procura comprar casa.

Estas variações refletem as dinâmicas distintas entre regiões, influenciadas por fatores como a procura crescente por localizações mais periféricas, o impacto do turismo, a escassez de oferta nas zonas mais procuradas e a evolução económica. O arrendamento continua a ser a solução mais viável em várias regiões urbanas, enquanto a valorização do mercado de compra permanece mais acentuada nas zonas costeiras e insulares, onde a pressão da procura se mantém elevada.