Competitividade das empresas portuguesas é travada pela falta de recursos humanos

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O principal travão à competitividade das empresas portuguesas é a falta de recursos humanos.

Esta questão já ultrapassa aquela relacionada com a carga fiscal aplicada às empresas, segundo o inquérito desenvolvido pela Associação Industrial Portuguesa – Câmara do Comércio e Indústria (AIP-CCI).

Muitas empresas sentem enormes dificuldades em encontrar os perfis que necessitam para reforçar as suas equipas para prosseguirem com as suas estratégias de crescimento.

Uma em cada quatro empresas que participaram no mais recente Inquérito à Atividade Empresarial realizado pela Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) aponta o “Mercado de Trabalho” como o maior desafio que enfrentam, sendo ao mesmo tempo o maior entrave à competitividade. Este resultado verifica-se numa altura em que há um recorde de 5,1 milhões de trabalhadores empregados, assistindo-se a uma crescente necessidade de trabalhadores estrangeiros para suprir as necessidades nacionais.

“Há um crescimento expressivo no número de empresas que enfrenta um problema grave de falta de recursos humanos. Há negócio, há vontade de crescer e de internacionalizar, mas muitas vezes vemos as empresas de mãos atadas por falta de pessoas qualificadas que possam ajudar a esse crescimento”, refere Paulo Alexandre Caldas, Diretor de Economia, Financiamento e Inovação da AIP-CCI, responsável pelo Inquérito à Atividade Empresarial.

À falta de recursos humanos, à fiscalidade excessiva, junta-se, obviamente, o contexto internacional, seja pelo nível de tensão geopolítica, seja pela conjuntura macroeconómica desafiante, enquanto fatores que limitam a capacidade das empresas portuguesas de crescer e de serem competitivas num mercado global. Isto apesar de, globalmente, as empresas respondentes revelarem uma situação financeira estável, com vontade de investir.