Já todos percebemos a esta altura o que verdadeiramente enfrentamos! Esta ameaça à nossa vida, à nossa economia e ao nosso nível de vida, só nos veio evidenciar uma fragilidade que, por norma, tentamos ignorar.
A hecatombe de “proporções bíblicas” que se antevê será com certeza, não (apenas) relativa à perda de vidas mas sobretudo ao ruir de todo um sistema financeiro. Tudo tomba, como uma fileira infindável de dominós encarreirados, com implicações a todos os níveis e atingindo todos, de um modo ou de outro, com maior ou menor violência. O que podemos fazer para além do “fique em casa”? Nem todos podemos “abandonar o barco”. Antes pudéssemos, mas simplesmente não é possível. Precisamos continuar… com a maior segurança possível, mas continuar… assegurar as nossas funções e fazer as empresas andarem para a frente.
Contudo, um aviso à navegação: o modo como as empresas estão a atuar perante os seus colaboradores não será esquecido. Para o bem e para o mal! Este é o momento de comunicarmos com as nossas pessoas. De as manter a par de tudo o que acontece na organização e de as envolver nos caminhos empreendidos. Temos de proteger quem tem de ser protegido e não arriscar, por mínimo que seja este risco. Não podemos tratar todos por igual porque não são todos iguais. Temos de adaptar as nossas estratégias para que cada um contribua no melhor das suas possibilidades, sem colocar a sua vida em risco.
Como tratamos as pessoas nos momentos difíceis é que nos define como pessoas, como líderes e neste caso, como organização! Os efeitos de más decisões ou de um posicionamento corporativo duvidoso trará, com toda a certeza, efeitos nefastos no futuro.
Numa outra vertente, acredito inclusive, que muitas organizações, nomeadamente instituições de ensino privado e outros, não serão “perdoados” e vão afastar as pessoas: colaboradores, alunos, clientes, o que seja, se não mostrarem agora, capacidade de adaptação perante esta nova realidade e não distribuírem “o mal pelas aldeias”.
Vamos sofrer e vamos demorar a reerguer-nos, mas o que fizermos agora, se for o correto, será menos custoso recuperar. É hora de fazer o que está certo, para todos e com todos!