Mulheres de Valor ou o Valor de cada Mulher

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Revejo-me muitas vezes na expressão do “Fazer Acontecer”! Nesta minha insistência obstinada (mas julgo que saudável) de conseguir levar os meus projetos avante é assim que rejo a minha existência. Mas esta concretização não se faz a solo. Nas grandes odisseias dos livros e do cinema existe sempre um personagem estruturante e incontornável que permite que tudo termine bem no fim. O que seria de D. Quixote sem o seu Sancho Pança? Toda a nossa História e imaginário estão imersos nestes exemplos e não é por acaso. Todos nós temos alguém (ou idealmente deveríamos ter) que nos permita “Fazer Acontecer”.

Pessoalmente acredito que não haverá lugar a um real e verdadeiro sucesso se não existir ao nosso lado alguém que nos proporciona o privilégio de conciliar as nossas vida pessoais e exigências profissionais, que nos permita sonhar e levar mais longe as nossas ambições. Quão difícil não é agarrar todas as nossas atribuições, papéis, expectativas e compromissos sem deixar nenhuma estatelar-se no chão. Sim, o papel das mulheres, de que tanto se fala e debate, é algo hercúleo, sim, a capacidade feminina de se desdobrar a todo o momento e para várias situações é lendária, mas para que de facto resulte, para que seja pleno e recompensante e não cravejado de culpas e escolhas dilacerantes, é necessário que, ao lado de cada mulher, exista alguém que nos permita potenciar e atingir o esplendor do nosso valor, escondido ou à vista, mas inerente a cada uma de nós.

Quando estamos sós e sem um “sidekick” a que custo e com que dores se fazem os percursos…

Claro está que estes papéis não estão isentos de preconceitos quando são ocupados por um homem. Então não se diz “atrás de um grande homem está uma grande mulher”? E quando é o inverso? E quando nos revezamos continuamente nessa função? Será que o que aqui está em jogo é também um “deixar acontecer” estas mudanças? Somos seres intrincados e complexos, cheios de potencial mas também de falhas e inconsistências. Só somos Grandes quando criamos uma estrutura à nossa volta que tal nos permita. E é aí, sem sombra de dúvidas, que temos mesmo de “Fazer Acontecer”!