Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE)vão reunir esta quinta-feira e em cima da mesa continua a estar a necessidade de um plano de retoma conjunto da economia. O acordo entre os 27 países-membros da UE não é fácil de atingir, devido às diferentes soluções de financiamento propostas.
O Eurogrupo já apresentou uma proposta de retoma económica que contará com 500 mil milhões de euros para reerguer a economia europeia, mas ainda não existem propostas concretas, no que respeita ao grande plano de retoma, que colocará as medidas decididas pelo Eurogrupo em prática.
O que está em discussão na reunião desta quinta-feira é o fundo de recuperação e como fazer para o financiar, uma vez que, de acordo com o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, o valor disponível neste fundo deverá rondar 1 bilião de euros – valor que reúne o consenso de todos os líderes dos 27 países-membros da União Europeia. O que falta acordar é como será financiado este fundo – se através de “corona bonds”, se “recovery bonds”, propostas pelo Parlamento Europeu, que consistem em títulos de dívida emitidos pela Comissão Europeia e assegurados pelo orçamento comunitário ou através do fundo financiado pela emissão de dívida perpétua, no valor de 1,5 biliões de euros.
Portugal considera que a melhor solução seria através de um empréstimo contraído pela União Europeia, que seria depois distribuído pelos Estados-membros em forma de subvenções.