A Economia é a força motriz do mundo. Tudo é economia, desde as pequenas decisões que toma em casa, até às decisões empresariais que podem gerar milhões em lucro.
Embora seja o motor da sociedade, é facilmente influenciável por decisões políticas, geoestratégia e condições sociais das populações.
É por isso que a literacia financeira é de crucial importância e devia ser ensinada nas escolas desde tenra idade. É grave que tal ainda não aconteça, porque a economia tem agora outras vertentes, nomeadamente a digital, para a qual é necessário estar preparado. Impõe-se outra literacia: a digital. E a União Europeia já pensou nisso.
A Europa está a atravessar a Década Digital. Foi assim batizado o período que vai até 2030, e que pretende focar os Estados-membros na necessidade de desenvolver estratégias e infraestruturas digitais, bem como formar as pessoas e as empresas, com vista a uma maior e melhor utilização dos recursos digitais e uma integração segura dos mesmos na sua vida pessoal e empresarial.
Portugal, enquanto país integrante desta comunidade, tem-se mantido muito atualizado no que ao tema diz respeito e é esperado que contribua decisivamente para esta Década Digital.
Segundo o relatório sobre a economia digital da ACEPI Economia Digital Portugal, estima-se que em 2024, o valor do comércio eletrónico tenha sido de 143 mil milhões de euros (B2C + B2B).
Vejamos alguns números:
→ 86% dos portugueses utilizam a Internet e 55% destes fazem compras online;
→ 81% dos utilizadores de Internet utilizam serviços públicos digitais e este é um valor que está acima da média europeia;
→ Portugal tem um desempenho muito bom em infraestruturas fixas de alta capacidade, com uma cobertura de 93%, superior em 20% à cobertura média europeia;
→ As empresas também aceitaram bem a jornada digital, e 75% das PME nacionais – a base do tecido empresarial português – já têm, pelo menos, um nível básico de intensidade digital;
→ Portugal segue à frente relativamente à utilização de inteligência artificial, com 17% das empresas a utilizarem já este recurso no seu dia a dia laboral. A média europeia é de menos de metade deste valor percentual;
Portugal tem 22% do valor do Plano de Recuperação e Resiliência destinado à digitalização, nomeadamente à criação e desenvolvimento de infraestruturas, à literacia da população no quesito digital e à preparação das empresas para lidar com esta nova economia.
Portugal está no bom caminho para ser um país capaz de mostrar “como fazer” nesta área, ou, pelo menos, assim mostram os indicadores. Não podemos deixar fugir a oportunidade de estarmos na vanguarda daquele que será (e já é) um dos principais contribuidores para o PIB nacional e mundial.
Para ver estes e outros dados com mais detalhe, visite a página da ACEPI.