Embora haja ainda um caminho de liberdade a percorrer, há já um início e somos hoje já líderes em muitos contextos e frentes. Estamos no mundo do trabalho com um cunho único como astronautas, investigadoras, engenheiras, gestoras, ambientalistas, psicólogas, médicas, jornalistas, líderes familiares em exclusividade e um sem fim de outras manifestações profissionais que são, em si, uma expressão do que gostamos e queremos dar aos outros e ao mundo. Hoje, para além de mulheres, mães, filhas, namoradas, esposas, amigas e muito mais, também somos líderes no mundo fora das portas de casa. Somos competentes e temos capacidades únicas para liderar de forma exímia e exemplar.
Neste sentido, ser mulher é um desafio imenso, dada a habilidade necessária para gerirmos os vários papéis e estarmos atentas às várias necessidades que vamos tendo nos vários momentos de vida. Queremos ser mães (algumas de nós!), queremos estar na liderança no mercado de trabalho, queremos manter uma vida social ativa, uma prática desportiva regular, uma vida sexual presente e prazerosa e um sem fim de objetivos que nos fazem afirmar que a liderança não é assunto só de homens. E não é!
No entanto, num dia que tem 24h, é fundamental que saibamos reconhecer que para sermos líderes não precisamos de ser elásticas, nem deixar de cuidar de nós. E quando falo no cuidar, falo do tempo para dormir, para comer de forma consciente, para parar e descansar, e para estarmos sozinhas. E, se assim for, o desafio ainda se torna maior.
Acredito que qualquer tipo de liderança, seja ela pessoal, familiar ou profissional faz sentido quando nos sentimos bem, com energia, garra, vida e saúde. E se assim é, qualquer liderança deverá ser construída em função de objetivos, prioridades e de limites pessoais. Ser uma mulher de liderança não significa ser uma supermulher. Assim como não há super-homens, também não há supermulheres, e não é preciso! E este pode ser o primeiro erro em qualquer processo de liderança: querer ser super, estar em todas as frentes a 100% e em todos os momentos de vida.
Ser líder é acima de tudo ser consciente das suas virtudes, responsabilidades, competências, objetivos, missão, construir uma vida com sentido, com saúde e inspiradora. E isto é tão válido para homens como para mulheres.