Tubos Vouga: especialistas em soluções “à medida”

A Tubos Vouga desenvolve soluções de andaimes para instalações industriais e estruturas especiais, estando presente no mercado desde 1966. Atualmente, está presente em três continentes, em oito mercados distintos. O engenheiro Ricardo Carneiro, general manager, explica o que faz da Tubos Vouga uma empresa de referência no setor.

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Ricardo Carneiro, general manager

Como mantém a liderança neste setor de atividade, tendo em conta as alterações que o mercado atravessou ao longo das décadas?

Somos a principal escola de andaimes e escoramentos em Portugal, tendo sido a incubadora de quase todas as empresas da especialidade. Isto é, para nós, motivo de orgulho e não de preocupação. A estratégia de diversificação de mercados permite-nos hoje navegar com segurança e não depender de microcrises específicas de cada setor. A internacionalização levou-nos a mercados totalmente díspares que, na sua grande maioria, continuam a representar importantes polos para a empresa. O grande desafio no passado, no presente e no futuro é sedimentar o “cá dentro” para crescer “lá fora”.

Como caracterizaria o trabalho que prestam? É um trabalho qualitativo, baseado em conhecimento técnicos sólidos?

Somos uma empresa de serviços com uma forte componente de Engenharia e desenvolvimento customizado de soluções, para fazer face aos desafios que nos são propostos pelos nossos clientes. O nosso desafio diário é a entrega de um trabalho especializado, seguro e dentro do planeamento. Dessa forma, a empresa baseia-se numa capacidade técnica de excelência e uma força produtiva suportada pelo nosso gabinete técnico especializado. O investimento em Engenharia e Segurança é prioridade. Esta é uma aposta vencedora e os frutos estão à vista com a presença da empresa em geografias como Angola e Arábia Saudita, em projetos internacionais com clientes como Saudi Aramco, Chevron, EDF, SubSea7, CB&I e Sonangol.

Como responde a Tubos Vouga quando existe a necessidade de criar soluções personalizadas para uma situação específica?

São esses os projetos que procuramos. Únicos e que precisam de Engenharia “à medida”. Quando a solução é complexa e única, a empresa tem a capacidade de juntar todos os seus departamentos, desde a área comercial até à área de recursos humanos, para criar soluções que são vistas e aprovadas por todos. Isto permite-nos chegar ao arranque da obra com a melhor solução e reconhecida por todos.

Tendo em conta a situação pandémica, como se posicionou a Tubos Vouga, em Portugal e além-fronteiras, para fazer face a esta questão?

Na Europa vivemos os confinamentos nos diversos países: em Portugal, França e Bélgica tivemos meses totalmente parados e estamos agora a retomar alguma normalidade na produção. Em África sofremos paragens maiores, das quais estamos a recuperar rapidamente em Angola, mas mais lentamente em Moçambique. Estamos confiantes no ano de 2021, queremos sedimentar as operações que temos e crescer geograficamente, mesmo com todas as restrições.

A criatividade, a inovação e a busca pelo constante aperfeiçoamento técnico são fatores decisivos para se manterem, atualmente, como uma empresa reconhecida no setor?

Sem dúvida, temos há mais de 30 anos um gabinete técnico de excelência, com liberdade e independência total na procura de novas e mais seguras soluções. A componente de Engenharia enraizada na empresa deu-nos a capacidade de pensar em soluções sempre inovadoras que muito nos têm orgulhado. Na última década têm sido inúmeros os projetos que vencemos, aqui e além-fronteiras, devido à solução diferenciada que apresentamos.

Que projetos gostaria de destacar, como aqueles que mais desafiantes foram para a Tubos Vouga?

Os três anos de projeto em Damman, na Arábia Saudita, para o cliente Saudi Aramco foram um desafio em todos os níveis, um complexidade extrema e condições muito difíceis para a montagem de andaime. Tivemos ainda dois projetos que são históricos em África, com a construção das duas maiores jackets para a Subsea7/Chevron. Concluímos, o ano passado, em Portugal, a reabilitação da Ponte do Tâmega e, em França, a Ponte do Vecchio, ambas com 500 toneladas de equipamento literalmente penduradas no tabuleiro e ambas num prazo inferior ao planeado. Estamos na reabilitação da Ponte 25 de Abril, com uma solução totalmente pensada e projetada pelos nossos departamentos e sempre montada em período noturno. A construção da linha férrea no Alentejo, onde voltámos a uma área que gostamos muito, os cimbres. E não posso esquecer os desafios diários que são impostos pelos nossos clientes industriais de referência, como as refinarias e unidades petroquímicas, papeleiras, a siderurgia e minas.

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