“A Compliance deve ser integrada na cultura organizacional”

Nuno Proença e Marina Barbosa constituíram, há cerca de cinco meses, a Proença & Barbosa, cujo objetivo empresarial máximo é simplificar a compliance corporativa. Os dois têm anos de experiência nos setores público e privado, enquanto colaboradores especializados, e isso permitiu-lhes criar um projeto novo, mas com muita experiência agregada.

0
218

Como é que se transforma um processo que, por regra, é difícil e complexo, em algo simples e eficaz?

Estabelecemos uma marca distintiva e reconhecida que passa pela simplificação de modelos de governação, cada vez mais complexos. A chave está no domínio do conhecimento, tanto do complexo técnico-normativo para o qual as organizações foram empurradas, como do conhecimento da forma de funcionar “por dentro”, das organizações. O nosso foco está na objetividade, garantindo que a Compliance seja integrada na cultura da organização sem burocracias desnecessárias.

Que impacto tem o vosso trabalho no dia a dia das empresas?

Os sistemas de Compliance obrigatória e facultativa pressionam as empresas, criando a ideia de que a sua atividade de negócio é secundária em detrimento das obrigações de Compliance, pelo caráter sancionatório que podem gerar. Não o é! Ter conhecimento efetivo do funcionamento das organizações, especialmente as que
têm funções de fiscalização e gestão sobre o mercado, é uma marca distintiva da nossa empresa que nasceu fruto da experiência individual das pessoas que a constituem.


Que formações fazem e a quem se direcionam?

Um dos grandes vetores de formação atuais encontra-se ao nível dos fundos europeus e dos sistemas de controlo interno inerentes à contratação pública e canais de denúncia, bem como do modus operandi como são realizados
os controlos pelas entidades públicas, domínio em que não existe formação especializada. Consequentemente, instalou-se um nível caótico de “estratégia de sobrevivência” nestas áreas, particularmente crítico.

Os fundos comunitários são, hoje, um desafio para as empresas. Qual o papel da Proença & Barbosa nesta ajuda às empresas?

Este é talvez um dos domínios mais importantes da nossa atuação e o mais procurado. Fruto de uma experiência anterior do CEO de mais de oito anos na área pública e de investigação, aliado a uma forte equipa de gestão de projeto liderada pela CFO, com experiência no setor privado, oferecemos soluções equilibradas, para simplificar esse caminho tão intrincado de normas e diretrizes infinitas.

A proteção de dados, incluída na parte regulatória das empresas, obriga também a algum cuidado por parte das empresas. Como se encaixa a Proença & Barbosa neste processo, junto das empresas?

Obriga a todo um especial cuidado, sob pena de fortes penalizações. Tudo está relacionado e interligado; é precisamente este o desafio da simplificação. Claro que tudo isto implica investimento por parte das organizações que têm que ponderar os riscos e níveis de implementação do RGPD. Capacitamos as organizações para que o seu negócio seja, de facto, a atividade principal, revertendo a falsa ideia que o RGPD é um entrave à vida corporativa.