Cadaval: onde é bom viver

O Cadaval é um município pertencente ao distrito de Lisboa, situado a 45 minutos da capital do país. Considerado um concelho rural, apresenta condições favoráveis para a fixação de famílias e empresas. Para o presidente da autarquia, José Bernardo Nunes, a pandemia influenciou o mandato, mas a Câmara Municipal do Cadaval não deixou de prestar todo o auxílio que a população e o tecido empresarial do concelho necessitavam.

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José Bernardo Nunes, presidente

Quais as principais características do município do Cadaval que gostaria de salientar?

O Cadaval é um concelho rural, com montanha, a 20 minutos da praia e a 45 minutos de Lisboa. Esta sua localização, associada a uma ruralidade de excelência, fazem do concelho do Cadaval um ótimo local para viver e constituir família. Embora a principal atividade económica esteja alicerçada no setor primário, existem em seu redor uma série de atividades que se interligam, essencialmente na área dos serviços. O concelho está ainda servido de uma oferta de rede escolar de qualidade, dispersa pelo seu território, bem como dispõe de oferta diferenciada para os mais idosos, centros de dia, ERPI’s e apoio domiciliário, que cobrem igualmente todo o território.

Como se adaptou o município aos tempos de pandemia, sobretudo no que se refere aos apoios e auxílios que a autarquia concedeu às empresas e empresários do concelho?

Implementámos, desde o início, uma série de respostas sociais, algumas delas ainda em curso, e conseguimos também criar algumas medidas de apoio pontuais às famílias, nomeadamente nas questões relacionadas com a resposta ao confinamento, como o apoio aos alunos, ou nos serviços prestados pela autarquia, como o fornecimento de água. Nas empresas focámo-nos naquelas cuja atividade económica se viu impedida ou condicionada, como a restauração, encontrando-se algumas medidas de apoio em curso até ao fim do presente ano, como a não cobrança de taxas de esplanada.

Considerando esta questão, como analisa a influência desta pandemia na vida económica e social do concelho?

Felizmente, aquela que é a principal atividade económica continuou a funcionar sem grandes constrangimentos, no entanto há uma série de atividades, pequenos negócios e estabelecimentos comerciais, que estão a passar grandes dificuldades, por terem estado fechados durante um grande período de tempo e preocupa-me o facto de já não conseguirem voltar a abrir. Estamos a falar, muitas vezes, de negócios familiares, em que muita gente depende daquela atividade para viver.

Como se posiciona o município de Cadaval no desenvolvimento e promoção de ações inovadoras, para fixação de empresas na região?

O Município do Cadaval não cobra Derrama às empresas aqui sediadas e tem a possibilidade de isentar taxas a projetos de relevante interesse económico para o concelho, sendo estas as principais medidas de apoio que temos disponíveis. Temos ainda prazos curtos de resposta em matéria de licenciamento de obras, o que pode ajudar na hora de decidir a localização do investimento.

Qual o balanço que faz deste seu mandato?

Foi um mandato atípico face à pandemia, em que tivemos de estar sempre a reajustar os serviços e as respostas da autarquia. Julgo que conseguimos estar à altura do desafio, quer a equipa dos eleitos, quer dos funcionários que responderam de forma muito assertiva às novas exigências, quer na exposição ao risco, quer na adaptação aos novos horários. Isto no que respeita à pandemia, que coincidiu com praticamente metade do mandato. No geral, faço uma avaliação positiva deste mandato, embora a pandemia também tenha interferido com os prazos de conclusão de muitas obras e projetos.

O que considera que falta ainda fazer – e são ainda objetivos a atingir – nesta região?

O que é desafiante no trabalho do autarca é que nunca está concluído. Antes de terminarmos uma obra ou um projeto, já estamos a pensar no próximo, no que podemos fazer para melhorar a vida dos nossos concidadãos. Ao nível autárquico, temos uma série de projetos em curso, que estão sempre reféns de financiamento comunitário, face às poucas receitas próprias da autarquia. No que respeita à região, um hospital que sirva a região em condições é o que mais me preocupa neste momento.