Estamos a viver um novo tempo, o tempo da Alta Velocidade!
Alta Velocidade a todos os níveis: primeiramente com a Internet, que provocou uma mudança tremenda na nossa maneira de viver e que os nossos filhos não entendem como estudávamos na biblioteca sem a mesma; como viajávamos sem o Google Maps; como ouvíamos música em discos de vinil sem o Spotify, sem Facebook, Insta ou Tiktok’s…
E nas empresas, a aceleração foi idêntica com introdução das ferramentas digitais, novos métodos de trabalho e a criação de uma nova era de digitalização global com a IoT – Internet das coisas e com uma nova aceleração a acontecer, com a introdução de novas tecnologias/metodologias tais como a AI – Inteligência Artificial. E desenganem-se as empresas que pensam que ainda não é para já, ou que não é para si.
Novas e super ágeis empresas vão surgir a executar a sua missão e as suas tarefas, num mais curto espaço de tempo e logo, muito mais competitivas.
Na Ferrovia, em específico, vivemos tempos de mobilização de arranque de um comboio “pesado”, muito pesado com décadas de atraso, e que finalmente começou a andar, com o assumir pelas autoridades políticas nacionais, da importância do seu fator crítico de desenvolvimento e sustentabilidade ambiental, alinhados com as diretivas europeias.
Arranque que começou no PETI3+, a que se seguiu o Ferrovia2020 e agora em aceleração com o PNI2030, todos com objetivos diferentes, mas com o mesmo rumo: o desenvolvimento da ferrovia em Portugal. E com este, estamos a lançar a 1ª linha de Alta Velocidade, ligação Lisboa-Porto-Vigo, elemento fundamental pelo seu impacto a todos os níveis: nas infraestruturas, no material circulante, no desenvolvimento sustentado de um país que se quer moderno e com padrões de exigência na sua qualidade de vida.
A Alta Velocidade e a liberalização do seu acesso, vai permitir isso mesmo, viver fora das grandes cidades, com tempos de acesso ao emprego idênticos aos do automóvel, e longe dos custos proibitivos de viver numa grande cidade. Ao mesmo tempo, permitirá a migração da aviação local e do automóvel para a ferrovia, com os
consequentes ganhos ecológicos e sociais, com a tremenda diminuição do número de acidentes rodoviários e suas consequências, assim como o desenvolvimento económico através do maior acesso ao transporte de
mercadorias na rede ferroviária nacional.
Não percamos, pois, tempo, com mais estudos e análises, se esta ou aquela solução para a Alta Velocidade é oportuna ou desejável: é esta e é agora!
É a nossa última oportunidade para o aproveitamento da preciosa ajuda dos fundos comunitários, para a concretização duma mobilidade de desenvolvimento inteligente, sustentada e de futuro, rumo a um país melhor, onde os nossos filhos não tenham de emigrar para concretizar os seus sonhos. Estejamos, pois, todos à altura de a ajudar a concretizar, e em Alta Velocidade, porque…
Este comboio não pode parar!