Prestam um serviço de saúde especializado e inovador há mais de 30 anos. Como olham para o setor, ao fim de três décadas de atividade? Que evolução existiu?
A revolução tecnológica permitiu a especialização crescente dos recursos humanos, algo que será reforçado através da digitalização da Saúde. O acesso generalizado à informação traz também maior exigência e menor espaço para o erro. O tempo tornou-se o recurso mais valioso e o sucesso da Fisimaia só se pode dever à eficácia e eficiência das suas intervenções. Não obstante todas as mudanças e adaptações, o “toque” e o humanismo que sempre nos caracterizaram continuam a ser pedra angular do setor.
Quais as especialidades e serviços que gostaria de destacar?
Tornámo-nos muito fortes na Reabilitação Pediátrica (Fisimaia Júnior). Entre as valências de Fisiatria, Fisioterapia, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional (incluindo Integração Sensorial), a Pedopsiquiatria e a Psicologia, tratamos cerca de 300 crianças por semana. Temos uma equipa competente e dedicada que permite identificar e abordar todas as necessidades dos nossos utentes mais pequenos.
A Fisiatria tornou-se uma das áreas mais importantes e procuradas durante a pandemia. Como é que esta especialidade médica ajudou as pessoas a ultrapassarem este momento?
A Medicina Física e de Reabilitação, que inclui a Fisioterapia na sua abordagem terapêutica, é a especialidade médica da “função”. Isto é, dota as pessoas da capacidade de intervirem sobre si próprias e na sociedade, seja através do alívio da dor, da recuperação do gesto motor ou do recurso a estratégias e instrumentos compensatórios. O aumento da procura é fruto do reconhecimento da importância desta intervenção na recuperação integral do indivíduo e do impacto que tal tem na sociedade, nomeadamente, no retorno precoce à vida social e profissional ativa, no aumento da produtividade e na qualidade de vida em geral. Da nossa parte, temos trabalhado para aumentar o acesso à reabilitação e o conforto dos utentes, seja nas nossas instalações, nos serviços ao domicílio ou através de sessões online.
Qual a importância dos programas de reabilitação para quem sofreu um AVC ou qualquer outro acidente cardiovascular?
É inegável a importância dos programas de reabilitação de pessoas com eventos vasculares, como um AVC ou “enfarte”. A intervenção hospitalar é crítica, mas a continuidade da reabilitação após a alta pode fazer a diferença entre a dependência ou a autonomia total da pessoa. A reabilitação com uma equipa multiprofissional permite a reintegração do indivíduo na sociedade, em todas as suas dimensões. A Fisimaia trata utentes com AVC há mais de 30 anos e foi pioneira na Reabilitação Cardíaca na região norte. Para alguns, somos uma segunda família.
A Psicologia é outra área clínica que teve muita procura neste período pandémico. Como foi possível responder a todas as solicitações de quem vos procurava?
A Fisimaia conta com uma equipa de psicólogas que dá uma resposta alargada e eficiente. A constante articulação com as famílias, sobretudo nos casos de perturbação do desenvolvimento, foi fulcral para a partilha de estratégias de gestão emocional e comportamental, minimizando os efeitos da pandemia. As sessões online têm sido uma intervenção eficiente com excelentes resultados na nossa prática.
Como lhe parece que as pessoas reagiram, relativamente à preocupação com a sua saúde, durante a pandemia?
Foi um período complexo e inédito, apenas mitigado pela confiança crescente nas medidas sanitárias que implementámos e que mostraram inegável êxito. A sensação de segurança dos utentes, aliada às alternativas oferecidas, facilmente levaram a que a procura de soluções na Fisimaia fosse novamente elevada e superasse, até, o pré-pandemia.

Parabéns. Pena é ser tão longe!