“Importa repensar o edifício e as suas funções”

“Serviços globais de projeto”. Este é conceito que a Galbilec desenvolve sobretudo nas áreas da Engenharia e da Arquitetura. Fundada em 2010, esta empresa disponibiliza aos clientes um leque alargado de serviços e é especialista em desenvolver soluções de edifícios para as áreas da Saúde e do Social. A sua gestão valeu-lhe as distinções como Top 5% melhores PME’s e PME Líder e Excelência, ambas relativas ao ano 2020.

0
1748
José Figueiras, diretor executivo

“O facto de oferecermos um serviço global, desde a candidatura a financiamento, passando pela elaboração do projeto, fiscalização da obra e disponibilizando uma consultoria financeira e técnica ao longo de todas estas fases é uma mais-valia para nós, mas também para o cliente”, começa por explicar José Figueiras, engenheiro e diretor executivo da Galbilec. “Evitamos perder informação em qualquer uma destas fases e encurtamos os prazos de execução destas etapas. Para o cliente, é mais fácil recorrer a uma única entidade, que é responsável por todas as fases do projeto”.

Especializada em projetos das áreas da Saúde e do setor Social, esta empresa de serviços 360 é a responsável pelo desenvolvimento de um projeto na área das demências único em Portugal e, possivelmente, na Europa: “Trata-se do CIDIFAD, o Centro de Investigação, Diagnóstico e Formação para a Área das Demências, situado em Riba d’Ave. Este foi um projeto totalmente novo, mesmo no seu próprio desenvolvimento, que implica, por exemplo, a utilização de cores fortes para destacar determinados elementos funcionais no espaço, de forma a ajudar os utentes – pessoas com demência – a orientarem-se no edifício e a conseguirem ser mais autónomas. Além disto, este é um edifício que terá essencialmente três valências – a do estudo e investigação sobre o tema da demência, a da formação sobre este assunto e o próprio acolhimento de pessoas que sofrem destes problemas.

José Figueiras acredita que o futuro passará pela construção deste tipo de infraestruturas e ainda pela reestruturação de outras já existentes, como lares de idosos e centros de dia: “Nós somos especialistas em respostas sociais, para crianças e idosos, mas parece-me que é relativamente aos lares que é necessário repensar o edifício e as suas funções. Os idosos de hoje são diferentes daqueles que teremos daqui a 30 anos. E quando se constrói uma resposta social, este é o tempo que ela normalmente dura, pelo que necessitamos de reavaliar quais as necessidades dos idosos da próxima geração para quem os edifícios terão que dar uma resposta diferente a todos os níveis, quer no que respeita à localização do edifício, à utilização de domótica e novas tecnologias, bem como a sua sustentabilidade, não esquecendo os limitantes para o seu custo de investimento inicial e – também muito importante – os seus custos de manutenção. A própria vivência do espaço terá de ser repensada – por que têm todos de almoçar à mesma hora, se cada um tem a sua hora preferida para o fazer? Até que ponto não pode a adaptação ser mais absoluta, ao espaço e às rotinas?”. Estas e outras questões já estão a ser estudadas, em conjunto com entidades do setor.

O trabalho diário, ao longo dos 11 anos de atividade, acabou por ser reconhecido quando, em 2020, a Galbilec foi distinguida com o prémio Top 5% melhores PME’s e, mais tarde, com as distinções de PME Líder e Excelência, também ela referente ao ano passado. Para José Figueiras, estes prémios são importantes, sobretudo para demonstrar aos colaboradores que o trabalho diário que desenvolvem faz toda a diferença, também na gestão da empresa.

Para o futuro, José Figueiras deixa bem claro o principal objetivo: “Queremos continuar a consolidar esta diferença que nos distingue, no que respeita aos setores em que apostamos. Tivemos a sorte de fazer trabalhos onde sentimos que contribuímos para a diferença e para o bem-estar das pessoas que, atualmente, utilizam aqueles espaços. Temos sempre em mente que a construção é para quem vai utilizar os espaços diariamente, por isso o objetivo final é sempre valorizar ao máximo essa utilização”.