Como se define enquanto líder?
A minha definição de líder é ser colaborativa e inspiradora. Acredito que liderar é, antes de tudo, trabalhar em equipa, criar um bom ambiente e de confiança e estar disponível para ouvir. Procuro estar presente, entender
as necessidades individuais e coletivas, e alinhar todos com os objetivos comuns. Valorizo muito a autonomia, mas também acompanho de perto, oferecendo suporte, feedbacks construtivos e reconheço sempre os resultados. O
meu objetivo é construir uma equipa motivada, autónoma e capaz de tomar decisões com responsabilidade e propósito.
Quais as principais características que coloca no seu dia a dia de trabalho e que se transformaram na sua marca de liderança?
Algumas características que levo comigo no dia a dia são a escuta ativa, a clareza na comunicação e a consistência nas atitudes. Procuro sempre estar acessível para a minha equipa, entender as dificuldades com empatia e tomar decisões justas e bem fundamentadas. Tenho um perfil muito voltado para resultados, mas acredito que eles só vêm de forma sustentável quando as pessoas estão motivadas e são valorizadas.
Acredita que uma liderança positiva consegue transformar o posicionamento de uma empresa no mercado? Como se distingue a Administrare no mercado?
Sim, acredito profundamente que uma liderança positiva tem o poder de transformar não só o clima interno de uma organização, mas também a sua imagem e posicionamento no mercado. Quando a liderança é pautada por valores como respeito, empatia, propósito e foco em resultados sustentáveis, isso reflete-se diretamente na motivação da equipa, na qualidade das entregas e, consequentemente, na perceção que o mercado tem da empresa. A Administrare destaca-se por aliar excelência técnica com uma cultura organizacional e soluções personalizadas, foco na inovação e uma equipa altamente comprometida.
A Administrare está a celebrar sete anos. Ao longo deste tempo, como sente que o mercado mudou?
Nestes sete anos de trajetória da empresa, percebo que o mercado passou por transformações importantes, tanto em termos de exigência dos clientes quanto no reconhecimento da importância de lideranças mais humanas e
inclusivas. Hoje, há uma valorização maior por empresas que oferecem não só competência técnica, mas também postura ética, clareza nos valores e responsabilidade social. Isso exigiu que nos adaptássemos continuamente, investindo em inovação, escuta ativa e melhoria contínua.
“(…) acredito profundamente que uma liderança positiva tem o poder de transformar não só o clima interno de uma organização, mas também a sua imagem e posicionamento no mercado”.
Como avalia o mercado de trabalho nacional, na perspetiva feminina? Ainda há obstáculos que urge ultrapassar?
Ao longo dos últimos anos, o mercado de trabalho nacional tem demonstrado avanços importantes no que diz respeito à participação feminina, sobretudo em termos de qualificação e presença em diferentes setores. Hoje, vemos mais mulheres a ocupar cargos de responsabilidade, a empreender e a liderar equipas, o que representa um progresso relevante. No entanto, ainda há obstáculos que precisam de ser enfrentados com urgência. A disparidade salarial entre homens e mulheres persiste, principalmente em cargos de topo. A conciliação entre vida profissional e familiar continua a ser uma pressão que recai, na sua maioria, sobre as mulheres, e ainda existe uma sub-representação feminina em áreas como tecnologia, engenharia e liderança estratégica.









