No caso da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto Douro, o setor agrícola é um setor ainda muito forte nas regiões que apoiam?
A CCAM desempenha um papel crucial no apoio ao setor agrícola que é, em termos relativos, o mais representativo da nossa carteira. A nossa oferta de financiamentos específicos para a modernização de explorações, inovação
tecnológica e promoção de práticas agrícolas sustentáveis possibilita que os pequenos e médios agricultores tenham acesso a condições de crédito que, muitas vezes, são essenciais para a sobrevivência e competitividade das suas atividades. Esta instituição assume-se como uma aliada estratégica para o setor agrícola e para o
desenvolvimento das comunidades.
Que características apresenta a economia de Trás-os-Montes e Alto Douro que a definem e destacam das restantes regiões do país?
A economia desta região possui características únicas. Destacam-se os seguintes aspetos: agricultura tradicional e, em menor medida, de subsistência, com produtos de alta qualidade; relevo montanhoso e clima rigoroso, que favorecem culturas e práticas específicas que se adaptem a estas condições; forte presença de pequenas e médias explorações agrícolas, familiares, com uma crescente aposta na inovação e na tecnologia.
Que desafios particulares enfrentam os empresários de Montalegre e Boticas e como é que a Caixa de Crédito Agrícola de Trás-os-Montes e Alto Douro os ajuda no seu dia a dia?
Estes concelhos destacam-se pela produção de produtos endógenos, como o fumeiro, a carne barrosã DOP, o mel de urze, a castanha e a batata, mas deparam-se com desafios como o despovoamento, o envelhecimento da população e o êxodo de jovens. Outro desafio coloca-se ao nível logístico, da comercialização e na modernização,
que asseguram a competitividade. A CCAM disponibiliza aos seus clientes linhas de crédito específicas para agricultores e empresários rurais. Apoiamos projetos que visam a inovação tecnológica e a adoção de práticas sustentáveis, muitas vezes associados a programas de fundos europeus.
“A proximidade é um
dos pilares fundamentais
para a CCAM”.
Quão importante é a proximidade na relação que estabelecem com os vossos clientes?
A proximidade é um dos pilares fundamentais para a CCAM, traduzindo-se na existência de agências em zonas rurais e urbanas, no atendimento personalizado, em soluções financeiras ajustadas a cada caso e num papel ativo no desenvolvimento das comunidades. Conhecemos profundamente os desafios e as oportunidades económicas de cada região. No caso de Trás-os-Montes e Alto Douro, compreendemos os desafios resultantes da sazonalidade da agricultura, do despovoamento e o papel central das pequenas e médias explorações agrícolas e negócios
familiares.
Como é que esta instituição bancária se posiciona na sociedade, no que respeita ao apoio às comunidades onde se insere?
Temos uma presença destacada no apoio a feiras, festivais e eventos tradicionais que promovem a identidade regional; patrocinamos o conhecimento através de um Protocolo com a UTAD, premiando os melhores Mestrados e Doutoramentos. Destacam-se ainda as iniciativas educativas e as parcerias com as escolas, junto das quais promovemos a formação, a educação financeira e o empreendedorismo dos jovens. Apoiamos projetos que promovem a sustentabilidade ambiental, como campanhas de reflorestação. Colaboramos ainda com associações culturais, desportivas e sociais, bem como com projetos que visam o combate à pobreza e à exclusão social. A CCAM não é apenas um banco: é um parceiro ativo no crescimento e na valorização das comunidades em que se insere.