“No Grupo Eurofirms as pessoas estão primeiro”

Sara Pimpão lidera, há três anos, o grupo Eurofirms em Portugal. Depois de um período duro, de recuperação pós-pandemia, o grupo cresceu e a liderança desta profissional contribuiu para isso. Tendo por principal característica a empatia, esta líder acredita que as pessoas são tudo para a empresa, pelo que são elas a sua preocupação principal, não fosse o lema do Grupo Eurofirms “People First”.

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Há três anos que ocupa a posição de country leader da Eurofirms | People first, em Portugal. Até ao momento, como avalia o trabalho desenvolvido?

Claramente que o meu maior desafio profissional foi assumir a direção-geral do grupo Eurofirms em Portugal, com um ano e meio de experiência na empresa e no setor de Recursos Humanos e após uma pandemia. Todo o trabalho desenvolvido foi a pensar em recuperar o negócio perdido (com a pandemia) e tornar o Grupo Eurofirms mais forte em Portugal. Atualmente, este meu desafio tem um saldo muito positivo, pois o grupo está em franco
crescimento, tanto em faturação como em rentabilidade, o que demonstra o resultado de muito trabalho de uma grande equipa. É fundamental ter as pessoas certas no sítio certo. Sem equipa nada se faz.

Como caracteriza a sua liderança? Considera que uma líder se depara com desafios diferentes dos de um homem, quando é este o líder de uma empresa? Se sim, por que lhe parece que tal sucede?

Confesso que o facto de eu não ter trabalhado em mais nenhuma outra consultora de recursos humanos fez com que tivesse a mente muito “aberta” para escutar e não tivesse preconceitos. Acredito que é fundamental escutar e ter muita empatia pela equipa. A empresa são as pessoas. São elas que fazem tudo, não eu. A minha equipa é a minha prioridade. Por isso, com proximidade, investindo tempo para escuta ativa e sem preconceitos preconcebidos, há muita ideia para implementar. Ah! E a rapidez na decisão de implementação é fundamental.
Posso acrescentar que ser líder é difícil. Ser líder, e mulher, ainda mais. Ainda há diferenças na forma como a sociedade “avalia” uma líder. Mas não penso muito no tema. Tento que o meu exemplo sirva de inspiração para alguém. Sou honesta, pragmática, assertiva, leal com todos e comigo mesma. Nunca me esqueço da empatia,
porque não faço aos outros o que não gosto que me façam a mim. Sou próxima. Tento ajudar todos, tanto profissional, como pessoalmente, se as pessoas o permitirem.

Apesar de muito se falar em equidade e equilíbrio entre mulheres e homens no local de trabalho, a verdade é que ainda se assiste a um grande desequilíbrio entre pares, sobretudo a nível salarial e nas oportunidades de desenvolvimento de carreira. Ao longo do seu trajeto profissional, vivenciou situações de desigualdade? Como lidou com elas?

Sim, considero que ainda há desigualdades de género. Compete-nos trabalhar e educar as gerações mais jovens para que deixem de existir e, se possível, utilizar as características mais associadas ao género feminino a nosso favor. Há uma característica, mais associada às mulheres, que as pode limitar como profissionais e futuras
líderes: a insegurança. Regra geral, as mulheres tendem a ser inseguras. A mensagem que gostaria de passar é: acreditem e nunca desistam. Nós somos capazes de tudo. Se num parto aguentamos a dor, não serão temas
quotidianos que nos colocam em baixo. Uma mulher tem muita sensibilidade e podem utilizar essa característica a seu favor. Saber usar a nossa intuição e a nossa emoção é ser verdadeira.

A expressão “People first” faz parte do ADN da Eurofirms. Como se traduz isso no dia a dia laboral e na vossa forma de ajudar os clientes? É um posicionamento que vos define no mercado?

Colaboradores felizes, empresas felizes. Assim dita a atual tendência. No entanto, o grupo Eurofirms já pensa na felicidade dos nossos colaboradores há mais de 30 anos. Sentirmo-nos realizados a partilhar o nosso conhecimento e estarmos rodeados de uma equipa igualmente motivada e envolvida no mesmo projeto. Ser
People first é estar próximo e cuidar. Se as pessoas da estrutura sentirem o People First, isto passa da nossa equipa de recrutamento para os candidatos e da nossa equipa comercial para os clientes. É tudo muito genuíno.