Arquitetura, Design de Interiores e Estética. As três áreas refinadas e trabalhadas para elevar a “belo” o conceito do “simples”. Descreveria assim o propósito-base de cada trabalho do SeDa?
Para nós, a simplicidade não é sinónimo de simplificação, mas de uma busca pelo essencial, onde o “simples” é a base de um conceito sofisticado, elegante, versátil e minimalista, revelando a verdadeira beleza dos espaços. Acreditamos que, em Portugal, a Arquitetura evolua para um conceito mais sofisticado e mais simples.
Quão importante é a personalização do projeto no desenrolar do processo de criação arquitetónica?
Cada cliente traz consigo uma história única, uma visão e uma necessidade específica, e isso deve ser refletido no espaço que vamos criar. O nosso processo criativo é uma expressão da nossa paixão pela arquitetura e do compromisso em entregar espaços que não atendem apenas às expectativas dos clientes, mas as superam.
Quais os elementos que utilizam nas suas composições arquitetónicas?
Linhas e formas puras conjugadas com a luz e a sombra, com jogos de cheios e vazios, e apostando sempre na relação do interior com o exterior e a própria envolvente. Cada elemento tem um papel fundamental na criação de um ambiente harmonioso e funcional.
Os materiais naturais fazem parte das vossas preferências? Que desafios encontram quando falamos de projetos com orçamento mais controlado?
Sim, pela sua beleza natural, intemporalidade e resistência. Um orçamento controlado é uma oportunidade para usar a nossa criatividade. Leva-nos a explorar alternativas que podem ser eficientes e esteticamente agradáveis. Com rigor e soluções inteligentes não inviabiliza a sustentabilidade do edifício.

Os projetos MS e DG são exemplos de como a criatividade e as formas geométricas se podem conjugar para criar um resultado bonito e inesperado. Que destaques fazem destes dois projetos?
Adoramos desafios, e como mulheres a nossa resiliência e sensibilidade são transversais ao nosso processo criativo. Gostamos de tornar sonhos em realidade, de fazer a diferença através da Arquitetura e cada projeto para nós é especial. Nestes que destaca, o orçamento era controlado e o terreno desafiante. Na Casa MS, com duas frentes e três pisos, procuramos harmonizar os alçados com os avanços e recuos das fachadas e pontuar os mesmos com a vegetação. Optamos por tons brancos, com grandes vãos nas zonas sociais e vãos menores nos quartos, suavizamos as formas retas com curvas e o arco no vão, o que conferiu personalidade ao projeto. Na Casa DG, a
configuração triangular do terreno e a empena do edifício vizinho que tínhamos de colmatar foram os contras iniciais, que se tornaram em prós. Cada alçado tem uma diferente configuração, resultado direto do desafio que resolve. Também neste conjugamos formas retas com curvas.
São a prova de que, mesmo em terrenos exigentes e com um orçamento controlado se pode, pela simplicidade, criar algo belo e inovador!
