Ao longo da sua carreira, teve oportunidade de trabalhar com grandes marcas. O que é que essa experiência lhe ensinou?
O que estes 25 anos de profissão me trouxeram foi a atenção ao detalhe. Na época em que comecei, não havia redes sociais e comunicava-se com mais detalhe. Ter de comunicar obrigatoriamente com jornalistas, trocar com
eles telefones e emails, permitiu-me ter uma relação muito próxima com essa classe, bem como com os meus clientes. Isso traz um rigor e uma exigência muito grandes.
Como se descreve, enquanto empreendedora?
Eu não estava de todo satisfeita na empresa onde eu estava. Foi, por isso, uma necessidade criar o meu posto de trabalho. Fi-lo de uma forma intuitiva, sem ser muito planeada ou trabalhada e este lado empreendedor pode vir
disso – de encontrar necessidades no mercado que podem vir a ser colmatadas. Eu sou muito criativa e tenho muita necessidade de colocar as ideias em prática. Este lado empreendedor dá-me uma liberdade de ação que eu aprecio.
Como foi o caminho até alcançar este conhecimento e poder agora partilhá-lo?
Foi um caminho muito intuitivo. E nem sempre estava absolutamente confiante, porque ao longo desta jornada tive várias situações difíceis. Este foi, portanto, um caminho que foi sendo feito sem eu me aperceber, sempre com rigor e bastante brio naquilo que faço, independentemente de ter muito ou pouco trabalho.
Quando criou este projeto – Task Force Consulting – o que pretendia trazer de novo ao mercado da comunicação e das relações públicas?
A partir da pandemia, a comunicação e o marketing digital misturaram-se muito. Houve um salto gigante a nível de inovação e de tecnologia e eu não tinha esse background. Por essa razão, criei esta Task Force para poder trabalhar o modelo colaborativo, em que eu, com os meus conhecimentos e know-how, trabalharia com pessoas mais jovens e com outras ferramentas que eu não tinha. A Task Force Consulting é uma agência boutique, que trabalha a comunicação de proximidade.
Muitas mulheres pretendem, frequentemente, iniciar um negócio próprio, mas o medo ou as responsabilidades que já possuem não lhes permitem avançar. Que mensagem deixaria a quem se encontra nesta situação?
Quem é empreendedor também tem muitas vezes vontade de desistir, mas é preciso ânimo para vencer as adversidades e eu tento seguir muito essa máxima… Nós não nos podemos deixar limitar pelo medo. Mais cedo ou mais tarde, as coisas acabam por dar resultado.