SGS reforça posicionamento na região Norte: “A Maia é um dos mais importantes destinos de negócios do país”

A SGS é líder mundial em inspeção, testes e certificação. No que respeita às suas localizações em Portugal, situam-se em Lisboa, Sines, Ponta Delgada, Funchal, Guarda, Bragança e Maia, na região Norte. João Marques, Presidente do Conselho de Administração da SGS Portugal, explica a importância do polo situado na Maia enquanto estratégico para a presença da SGS Portugal e acompanhamento dos seus clientes que operam nesta região.

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Que motivos levaram a que a Maia fosse a localização escolhida por uma empresa de dimensão mundial? Que benefícios vos traz esta localização?

A região da Maia possui o maior parque industrial do país, destacando-se na área das infraestruturas tecnológicas. Atendendo à sua localização e ao elevado nível das suas acessibilidades, julgo que podemos afirmar que a região da Maia é uma verdadeira plataforma para todo o Norte de Portugal, bem como um dos mais importantes destinos de negócios do país. Inclusivamente, a SGS Portugal espera, ainda este ano, expandir os seus escritórios e laboratórios para mais de 800 m2 nesta região, aumentando a sua capacidade de resposta, em todas as suas áreas de negócio, para a zona Norte. A região urbana do Grande Porto tem-se constituído nos últimos anos como um hub tecnológico de relevância a nível nacional, tendo sido capaz de congregar grandes investimentos internacionais que potenciam a fixação de talento e contribuem para o desenvolvimento da oferta universitária a nível tecnológico. No seguimento desta dinâmica, a SGS Portugal criou recentemente o Digital Trust Lab – um laboratório com tecnologia de ponta que atua na área da segurança da informação e cibersegurança. Por outro lado, e no que à área dos dispositivos médicos diz respeito, a região da Maia assume também um papel estratégico para a SGS Portugal, já que nos permite ter a proximidade necessária para melhor responder aos desafios de muitos dos nossos clientes, aqui localizados, nos setores da indústria, distribuição e importação.

Sendo a Maia um polo tecnológico nacional, enquanto região, isso tem mais-valias para a SGS, no que respeita às parcerias que possam nascer?

Sem dúvida. Estando grande parte do tecido económico português localizado a Norte, acreditamos que as oportunidades de parcerias são inúmeras. Por exemplo, sendo um dos objetivos da SGS Portugal potenciar o
desenvolvimento de serviços digitais inovadores, o facto de estarmos inseridos num polo tecnológico e empresarial de referência poderá facilitar o teste de novas ideias e conceitos, acelerando todo o processo de ideação e prototipagem. Por outro lado, a nossa presença num polo tecnológico nacional pode também representar uma mais-valia no que ao estabelecimento de parcerias estratégicas e inovadoras, na área dos
dispositivos médicos, diz respeito.

Qual a importância de cada um dos serviços que prestam, na medida em que asseguram a segurança, a qualidade e a sustentabilidade dos respetivos produtos/serviços em causa?

A SGS posiciona-se em todas as cadeias de valor em que atua como uma terceira parte íntegra e imparcial, que procura acrescentar às várias atividades económicas um fator fundamental para a sua prosperidade: confiança.
Certeza de que as melhores práticas de gestão, de segurança de informação, de segurança física e ambiental, de segurança alimentar, de certificação de dispositivos médicos, apenas para citar alguns exemplos, são cumpridas,
contribuindo assim para o bom funcionamento de todas as cadeias de valor. As nossas competências em inspeção, testes e certificação são continuamente melhoradas e constituem referências nos segmentos em que
atuamos. Como tal, os serviços que prestamos são a nossa essência.

Como é possível à SGS, enquanto empresa global e líder no vosso setor, manter todas as equipas inspiradas pela filosofia da empresa e, sobretudo, sempre a par de todas as atualizações dos respetivos países em que se encontram, tornando-se numa referência em qualidade e integridade?

A nossa inspiração baseia-se em “dar, sempre, o nosso melhor”. Sendo a SGS uma entidade mundialmente reconhecida por estes dois vetores, os desafios que se nos colocam diariamente são inúmeros: as elevadas expectativas dos clientes, requalificação dos nossos colaboradores, etc. Nesse sentido, a nossa estratégia passa por evoluir e capacitar as equipas e aproveitar as sinergias das várias afiliadas da SGS a nível europeu e mundial, por forma a conseguirmos oferecer os serviços necessários aos nossos clientes, sem nunca desprezar os
nossos pilares basilares, a qualidade e a integridade em tudo o que fazemos.

Considerando que o mundo está a caminhar para a utilização massiva da tecnologia e do digital, como podem adaptar os serviços que prestam ao âmbito digital? Tal levanta novos desafios de segurança e integridade da informação?

A transformação digital a que temos assistido nos últimos anos tem sido transversal a todos, desde cidadãos a empresas. Na SGS, essa transformação tem sido feita de forma muito natural, com a aposta em serviços cada vez mais digitais, sem nunca comprometer a segurança e integridade da informação. Por outro lado, a criação de laboratórios na área da segurança da informação e cibersegurança, como o Digital Trust Lab, ou do tratamento dos dados (Data Science, Data Analytics, IoT), como o Data CoLAB, o qual lidera, tem sido outro dos caminhos trilhados pela SGS.

Quais serão as áreas que se destacarão em Portugal e no mundo, e cujo apoio da SGS será estratégico?

Perante a atual conjuntura económica e social europeia, e mundial, diria que as áreas onde a SGS poderá ter um papel ativo serão a Cibersegurança e as Smart Cities. Já numa perspetiva macro, diria que a Saúde será sempre uma área onde poderemos ter uma contribuição positiva. De forma mais detalhada, diria que o aumento da cibercriminalidade, provocado pelo cenário de conflito que vivemos atualmente bem como por dois anos vividos quase exclusivamente em modo digital, fez com que a Cibersegurança assumisse uma relevância ainda maior.
Por outro lado, outra área que terá um impacto profundo na forma como vivemos e garantimos a sustentabilidade dos recursos que temos à nossa disposição será a área das Smart Cities. Efetivamente, temos de olhar para as nossas comunidades urbanas e dotá-las de meios inteligentes de apoio à decisão e que simplifiquem a forma como vivemos, fomentando fatores como a inclusão, a sustentabilidade e a eficiência.
Também ao nível da Saúde, espera-se que a medicina continue a ter uma evolução galopante, não só no que diz respeito ao surgimento de novas técnicas como também na melhoria e recriação das já existentes. Tendo esta
crença como ponto de partida, diria que a área dos Dispositivos Médicos será uma das áreas que vai continuar a receber investimentos significativos ao nível da investigação, produção, distribuição e importação em Portugal e no Mundo.

Que desafios antecipa que 2023 trará ao setor onde são líderes?

Num ano em que se fala de crise energética, escassez de matérias-primas, escalada da inflação, aumento generalizado dos custos de toda a cadeia de abastecimento, espera-se que uma eventual retração seja o principal desafio. No entanto, acreditamos que vingarão no mercado as empresas capazes de evoluir com sustentabilidade, certificar e ainda assim ter preços competitivos. Isto só será possível com uma boa gestão e dose de otimismo.