Decisões com confiança, Soluções à medida

Nuno Santos é o diretor de agência da Decisões e Soluções Almada Atrium. Acabada de completar três anos, esta agência DS360 viu o dia-a-dia dos seus agentes comprometido, devido à situação de isolamento profilático que o país atravessou, mas isso não impediu a equipa de continuar a trabalhar, uma vez que o recurso ao digital era já muito utilizado. Otimista quanto ao futuro, Nuno Santos considera que no segundo semestre a economia já terá retomado alguma da sua dinâmica,mas alerta para problemas financeiros com as micro, pequenas e médias empresas.

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Nuno Henrique Santos, diretor de agência

A DS é, por definição, uma marca virada para as pessoas e para a atenção ao cliente. Nesta agência, isso também se verifica?

Antes de mais, quero agradecer em nome de toda a equipa da DS Almada Atrium, a oportunidade de podermos dar a conhecer um pouco dos valores e princípios que norteiam a nossa atuação enquanto player, nos diversos setores de atividade económica em que estamos presentes.

Sem dúvida! Enquanto agência DS, o nosso propósito é o de canalizar todas as nossas energias no sentido de atender as necessidades dos nossos clientes de uma forma que os surpreenda pela positiva. Sabemos que cada cliente tem as suas necessidades específicas, e o que se adequa a um não vai de todo ao encontro das necessidades de outro. Serviço personalizado, tailor made, ter o cliente no centro de todas as decisões estratégicas, essa é a nossa principal preocupação enquanto empresa.

Que serviços disponibiliza ao cliente, para que este possa ter uma experiência tranquila de aquisição de casa?

Para que possamos ter uma experiência tranquila de aquisição de casa, é necessário primeiro olhar para o aspeto financeiro do cliente, para que a escolha da casa não se baseie só no aspeto emocional. É necessário trazer o racional para a escolha, pois só desta forma poderemos prestar um bom serviço aos nossos clientes. Nesse sentido, enquanto empresa especializada nos serviços de Consultoria Imobiliária e de Intermediação Financeira, é nossa obrigação prestar um serviço 360º, olhar para os diversos aspetos de vida dos nossos clientes e apresentar uma solução desenhada à medida de cada um.

Isso significa que o cliente beneficia de um consultor durante todas as fases diferentes de aquisição de casa, nomeadamente, financiamento, seguros e aquisição do imóvel?

Exatamente! A DS Almada Atrium é uma agência 360º, que disponibiliza aos seus clientes um profissional especializado em cada uma das fases do processo de aquisição. Nem poderia ser de outra forma, pois para se poder apresentar um serviço de excelência, que crie valor acrescentado para os nossos clientes, temos de ter profissionais altamente treinados e conhecedores nas respetivas áreas em que atuamos.

Como avaliam o mercado imobiliário da região em que estão inseridos?

A DS Almada Atrium está inserida num mercado bastante heterogéneo. Na nossa área de influência, temos o segmento de luxo, como é o caso da Herdade da Aroeira, depois o segmento de zona turística, como é a zona Costa de Caparica, S. João da Caparica, Trafaria, e também Almada, Laranjeiro, Feijó, zonas de forte foco residencial. É difícil definir um mercado-tipo, mas é um mercado com enorme potencial, ganhando especial interesse por estarmos inseridos na Zona Metropolitana de Lisboa.

Parece-lhe que este desequilíbrio entre a oferta e a procura irá prevalecer muito mais tempo? Que consequência poderá acarretar?

Creio que não, até porque esta situação da Covid-19 veio acelerar esse processo de atingirmos o equilíbrio de forças pelo lado da procura de uma forma mais rápida, havendo na minha perspetiva uma pequena retração momentânea nas intenções de compra.

Na minha opinião, essa retração não trará grande quebra nos preços dos imóveis, pelo simples facto de que grande parte da oferta ou tem os imóveis livre de ónus, ou financiou-se em grande medida a custos muito baixos, não sentindo necessidade de se desfazer dos imóveis a qualquer preço. Penso que, após restaurada a confiança, o mercado seguirá a tendência e a dinâmica que vínhamos assistindo.

Quais os conselhos-chave que dá a quem quer comprar ou arrendar casa, atualmente? Existe uma “opção mais aconselhável” ou tudo é avaliado caso a caso?

No seguimento do que eu disse há pouco, cada caso é um caso, e temos de olhar para cada processo de uma forma isolada.No entanto, de uma forma genérica e partindo da premissa de que as condições financeiras do cliente estão reunidas, parece-me, sem sombra de dúvida, que estamos num excelente momento para avançar para aquisição, pois continuamos numa conjuntura muito favorável ao nível de taxas de juro, existe liquidez no setor bancário, os bancos estão em “ guerra” acesa entre si, para aumentar a sua quota de mercado no que concerne ao produto Crédito Habitação, o que nos permite uma margem de negociação das condições do financiamento muito interessante, e mais, até os prémios pagos para a fixação de taxa no financiamento a 30 anos estão a níveis incrivelmente baixos, dando uma previsibilidade e segurança aos clientes relativamente ao seu planeamento financeiro muito maior.

Que desafios existem para os mediadores atualmente, dado o súbito crescimento de agências de mediação e mediadores imobiliários, de há uns anos a esta parte?

Acredito que o próprio mercado tem a capacidade de purgar e de fazer uma seleção natural das empresas de mediação que estão no mercado para ficar e as que abrem de uma forma circunstancial, pelo simples facto do setor do imobiliário estar, até então, a viver um bom momento. Isso não invalida que tenha obrigatoriamente de haver uma evolução na regulação do setor. Sou a favor de que devem ser verificados requisitos obrigatórios para acesso à profissão de Consultor Imobiliário, exames de aptidão profissional, cursos de reciclagem periódica, registo na entidade que tutela a atividade imobiliária de todos os intervenientes nos processos de mediação imobiliária, da mesma forma como já acontece na mediação de seguros e na intermediação financeira.

Como classifica o mercado imobiliário nacional, no que respeita aos preços, à relação entre a oferta e a procura e a capacidade económica dos portugueses versus a redefinição das regras de concessão de crédito habitação?

Em primeiro lugar, temos de diferenciar mercado residencial de mercado empresarial, pois apesar de os números serem bastante positivos e animadores, à data, em ambos os segmentos, são realidades totalmente distintas que têm de ser analisadas de perspetivas diferentes.

No segmento residencial, que é sem dúvida no qual as nossas operações têm maior volume, , vejo que a relação de forças tende a equilibrar-se. É verdade que a dinâmica de preços tem aumentado nos últimos anos de uma forma consistente, no entanto, para a análise ser rigorosa e podermos afirmar que o preço das casas está sobrevalorizado é necessário perceber o contexto. Existiu um movimento de correção em baixa nos preços das casas após a crise do subprime, o que é perfeitamente entendível, e estamos a assistir, nestes últimos anos, ao ajuste do preço dos imóveis para níveis pré-crise. Não me parece, de todo, que tenhamos neste momento o mercado sobreaquecido.

Na minha opinião, a redefinição das regras da concessão de crédito habitação por parte do regulador era um mal necessário. É importante aprender com os erros do passado e não voltar a cometê-los. No entanto, é necessário que exista a sensibilidade por parte do regulador de não cair em excessos de zelo, pois estamos a mexer com um dos setores económicos com maior impacto no país, e qualquer medida exacerbada ou descontextualizada trará resultados bastante negativos à nossa economia.

A Covid-19 veio causar algum desconforto ao setor imobiliário? O que sentiram e como lidaram com isso?

Sim, é um facto, não só no setor imobiliário, como praticamente em todos os quadrantes da nossa sociedade. Sentimos que era um problema que tinha vindo para ficar bastante tempo entre nós, que não se resolveria no espaço de um ou dois meses. Felizmente, enquanto empresa, sempre olhámos para o negócio digital como muita naturalidade, faz parte do nosso dia-a-dia, todos os processos, desde a captação de clientes até ao processo de comunicação dos nossos serviços,tratamento documental, contacto com os nossos parceiros estratégicos, etc…Já tínhamos todos os processos implementados, por isso sinceramente este surto pandémico não nos criou, enquanto organização, grande entropia.

Como antecipa o futuro?

Olho, logicamente, com alguma preocupação para todos estes eventos, como não poderia deixar de ser, mas sou otimista e antecipo um futuro positivo. Acredito que vamos ter uma retoma da atividade normalizada dentro do possível no segundo semestre do ano, partindo do pressuposto que todos os agentes económicos colaboram e, acima de tudo, o nosso Governo passe confiança para o mercado, pois a alavanca de todo o processo de normalização da economia é a confiança. Essa confiança não se ganha com palavras, transmite-se com medidas concretas de apoio às famílias, empresas, e não podem acontecer situações como as que estamos a assistir, relativamente às linhas de apoio à Covid-19, por parte das instituições financeiras, não chegando esse dinheiro às micro, pequenas e médias empresas que estão realmente em dificuldades.