Dia Mundial do Livro: 43% dos portugueses não leem ou sentem que perderam o hábito da leitura

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O Dia Mundial do Livro celebra-se a 23 de abril e a Preply, plataforma especialista no ensino de línguas, realizou um inquérito em Portugal para perceber como se sentem os portugueses em relação à leitura. 33% dos portugueses recentemente inquiridos acreditam ter-se tornado leitores piores, consumindo cada vez menos histórias ao longo dos últimos anos. 

Quando o assunto são as diferentes modalidades de leitura, por exemplo, enganam-se aqueles que apostam na popularidade de certos formatos tidos como mais “modernos”: de acordo com cerca de 77,5% dos portugueses, o livro impresso continua a ser a opção mais agradável para se dedicar a uma boa história, percentagem que o coloca muito à frente de alternativas em ascensão como os e-books (6,6%) e audiolivros (1,7%). 

Já em relação aos géneros literários, por sua vez, as opiniões tendem a ser um pouco menos unânimes, com os livros de ficção (58,4%) e mistério e suspense (50,7%) liderando o topo de um pódio no qual também se destacam obras de autoajuda (37%), fantasia e ficção científica (36,1%) e as histórias de amor (25,2%). 

Ao serem questionados sobre as situações que mais costumam exigir a companhia de um livro, 9 em cada 10 inquiridos demonstraram predileção pelos momentos tranquilos em casa, enquanto outros afirmaram ler mais durante férias e viagens (35,9%), em praças e parques (28,2%) e em filas de espera (16,7%).

Perante um cenário de excesso de informação e constante escassez de tempo, não é raro que os portugueses tendam a ver a própria relação com os livros de forma negativa — uma impressão também reafirmada no levantamento conduzido pela Preply, onde aproximadamente 42,5% dos utilizadores de internet partilharam relações de distanciamento do universo das palavras, seja porque nunca tiveram interesse na literatura (9,6%) ou porque perderam o hábito de ler livros ao longo dos anos (32,9%).

Se somados, são números maiores que a parcela que acredita que está a ler cada vez mais (31,2%) ou que mantém o hábito ao longo do tempo (26,1%). 

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