Humanizar organizações através do desenvolvimento da consciência emocional e humanizada

A Seven Seeds nasceu de um feliz acaso, segundo a sua fundadora, Ana Pina. Interessada em desenvolvimento pessoal, a formação sempre fez parte da vida desta psicoterapeuta somática. Ao longo do seu caminho profissional, as formações que criava continham um valor importante para as organizações – além das soft skills o trabalho da consciência emocional e humanizada. Hoje, a Seven Seeds apoia as empresas que apostam no desenvolvimento humano dos seus colaboradores, com resultados visíveis em pouco tempo.

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O que a levou a criar a Seven Seeds?

A Seven Seeds é um feliz acaso, não tinha a intenção de criar uma empresa. Aconteceu que circunstâncias profissionais levaram-me a assumir a formação como algo mais frequente e, a determinado momento, fui solicitada para desenhar e facilitar uma formação de liderança para uma empresa. Depois desse ciclo de workshops, quer através de parceiros, quer diretamente, os pedidos tornaram-se imparáveis. O que distingue as nossas formações é que não tratamos somente de soft skills. Em cada tema, agregamos competências de consciência emocional e de consciência humanizada.

Em que consiste este Unique Value Proposition?

Quando falamos de soft skills, falamos de comportamento. Posso ensinar alguém a comunicar da forma certa, com determinadas estruturas de comunicação, mas isso só trabalha o comportamento, não a atitude e as razões
emocionais para a minha comunicação. Então, temos de perceber primeiro quem é a pessoa, qual a atitude, a identidade, e a essência na comunicação, para depois lhe apresentar alternativas de comunicação adaptadas.

A atitude é uma questão psicológica. Como é que se faz este trabalho mais mental?

Nós fazemos programas integrados que têm, por vezes, coaching ou mentoring associado. Nestes programas
ficamos a conhecer como é que a pessoa se desenvolveu, de onde é que ela vem, um pouco da sua história pessoal… mesmo nos workshops de grupo, o campo de confiança é tal, que muitas vezes, os clientes partilham
questões sensíveis da sua vida. Isso ajuda a que os outros percebam porque é que o seu colega reagiu de uma determinada forma, num determinado momento. Mas como a Psicoterapia Somática em Biossíntese é também um
recurso da Seven Seeds, acabamos por abarcar campos de conhecimento, somático, emocional, mental e espiritual.

Que caminho já fez, enquanto profissional e líder, ao longo destes cinco anos de Seven Seeds?

Desde muito cedo fiz o meu caminho de desenvolvimento pessoal. E continuo a fazê-lo. Sempre tive curiosidade sobre questões humanistas e de impacto social. Fui fazendo o meu caminho e aplicando o que ia experimentando. Quando criei a marca Seven Seeds, ela já existia em mim, só não tinha um nome. Fiz a Pós-Graduação em
Psicologia Positiva, o Coaching, o PNL, e é quando encontro a Psicoterapia Somática que completo um sentido maior. Esta é uma matéria que integra tudo o que eu estava à procura – a consciência física, emocional, a consciência mental e, se quisermos, a espiritual. E é, também, quando eu encontro a Somática que o nome Seven Seeds aparece. Refere-se à integridade que verticaliza pessoal e organizações. Propõe que sejamos todos semeadores de consciência humana. Descrevo-me como curiosa, resiliente, criativa, empreendedora, líder, teimosa, demasiado exigente mas influenciadora. Essas características estão embodied em mim… os valores Seven Seeds são tão vividos que eu e a minha equipa criamos impacto real nas equipas dos nossos clientes.

Até que ponto é que nós teríamos um mercado de trabalho mais humano, se realmente o vosso processo fosse mais frequentemente aplicado pelas organizações?

Duas coisas afetam grandemente o nosso mundo: poder e dinheiro. Há aliás a proliferação do narcisismo e de um egocentrismo que temos de ‘desmontar’… Logo, percebemos que tudo está relacionado com a consciência
humana e com a pergunta: quem sou eu e o que faço aqui? E tudo isto se encerra no nosso nível consciente. Então, quando nos propomos trabalhar o nosso nível de consciência, o que estamos a fazer é propormo-nos trabalhar um sistema mais consciente. É expectável que pessoas com um maior nível de consciência tenham
também uma perspetiva mais eudaimónica da vida, ou seja, não pensar só em si mesmos, mas perceber como é que as suas escolhas afetam os outros. E o mundo deve ser um sistema colaborativo. Se olharmos para a natureza
vemos essa interdependência. Então, mais do que a comunicação externa, como comportamento, importa fazermos uma comunicação interna, individual, que vai levar a uma maior consciência emocional e a melhores profissionais nas organizações. Inevitavelmente tudo isto possibilita um novo mundo.