Estão no mercado desde 2006. Que análise fazem dos mercados onde estão presentes?
Desde o primeiro dia que a empresa teve um crescimento rápido e constante. Começámos em Angola, onde colocámos a marca FLUX como referência no mercado angolano. Posteriormente, abrimos a delegação no Brasil, que levou algum tempo até nos posicionarmos como referência, nomeadamente no estado do Ceará, onde a marca FLUX tem um posicionamento muito forte. Em Portugal e Marrocos, a abertura foi mais ou menos na mesma altura. O crescimento em Portugal tem sido rápido, baseado no conhecimento dos produtos e do que o mercado consome, conhecimento esse que leva mais tempo em mercados como o brasileiro ou marroquino. A exigência do mercado obriga-nos a recorrer a ferramentas tecnológicas e a estabelecer parcerias a vários níveis. O rigor dos clientes e fornecedores permite-nos crescer e evoluir em conjunto. Soluções são o nosso ADN. Respeitando os valores de cada país, respondemos com dinamismo e profissionalismo à evolução dos tempos e empresas. Quando se tem uma ampla visão de mercado e do comportamento do público-alvo, fica mais fácil estabelecer metas a curto, médio e a longo prazo.
Que tipo de produtos oferecem?
Temos uma grande variedade de gamas de produtos FLUX (Máquinas e Ferramentas, Máquinas Agro-Jardim, Ferramentas Manuais, Construção, Auto, Segurança, Pintura, Químicos, Eletricidade e Iluminação, Ferragens, Casa e Utilidades, Vedação, entre outras) e, em cada um dos países que atuamos, temos de nos adaptar às necessidades dos mesmos. Muitas vezes, leva tempo até entender o ponto entre a qualidade/preço que o mercado aceita e que esteja dentro dos parâmetros da marca. A adaptação às oscilações do mercado é diária , nomeadamente o africano e brasileiro. No caso da instabilidade cambial, a dinâmica e rapidez na perceção destes e outros pontos são muito importantes.As nossas soluções acabam por ser personalizáveis, de acordo com o país e as necessidades dos nossos parceiros. A marca FLUX posiciona-se junto dos clientes com produtos de qualidade e durabilidade, priorizando a rapidez e agilidade no processo de entrega e pós-venda. Fomos pioneiros na distribuição de alguns produtos no mercado nacional, que exigiu um investimento de stock e logística para dar resposta às necessidades urgentes. (Compressor auto a bateria, compressor de ar 10 Bar, misturador cimento cola 1800 w, entre outros).
Como definiriam a vossa política de relacionamento com o cliente?
Uma relação de prioridade, o nosso parceiro é o elo entre a FLUX e o consumidor final. Nós criamos uma relação de valor que se baseia em vários fatores: formação contínua; vídeos informativos no online; acesso reservado ao nosso site, onde poderá aceder a um conjunto de informações adicionais; gestão de pedidos de encomendas mais ágil e rápido; auscultação das necessidades dos parceiros; entre outros. O nosso serviço de assistência técnica é muito valorizado pelos parceiros que trabalham com a FLUX. Gerimos o negócio de forma transparente, valorizando os fatores económicos, sociais e ambientais. Lideramos as nossas equipas de forma a servir melhor cada parceiro, tendo em vista o seu propósito – SUCESSO! Repare que internamente assumimos cada “cliente” como um “parceiro” de negócios. Os nossos parceiros sabem que o preço é consequência final do trabalho de ambas as partes.
O objetivo é serem os melhores do vosso setor. Como trabalham diariamente para isso?
Esse é um trabalho árduo, sem fim. Começa na motivação de cada um, encontrar o equilíbrio de cada membro da equipa para que se sinta motivado a querer fazer mais e melhor. Dar soluções e instrumentos para cada problema que apareça no dia-a-dia, formação permanente para um crescimento e valorização profissional. Aumentar a rentabilidade organizacional dos sistemas de informação, para a execução de tarefas que necessitam do máximo de dados possíveis (Big Data), que a mesma seja partilhada rapidamente na empresa (serviços cloud), para que cada um saiba o seu porquê no grupo, de onde viemos, onde estamos e para onde queremos ir. A nossa visão é o que nos motiva todos dias – o nosso foco é sermos o melhor entre os melhores. O slogan “Construímos Juntos” é partilhado em diferentes contextos no seio das nossas equipas. Posso dar-lhe o exemplo dos “5 minutos FLUX”, onde realizamos uma atividade quinzenal em cada país, de forma a aumentar o espírito de equipa.

Em tempo de confinamento, quais foram os maiores desafios que se colocaram à liderança da empresa, no sentido de garantir a segurança dos colaboradores e acautelar os interesses da empresa?
Quando começou o estado de emergência, dentro do grupo e em Portugal, várias pessoas reagiram de forma diferente. Tivemos de nos adaptar rapidamente ao teletrabalho, assim como a alguns produtos que estavam a ser solicitados pelos nossos clientes e que tínhamos em stock, relacionados com a Covid-19. As visitas comerciais também foram suspensas preventivamente em cada país, no entanto estamos no ativo novamente, mantendo as normas de higiene e segurança. As exportações ficaram em stand-by, devido à pandemia (continuamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos parceiros para ultrapassarmos os obstáculos criados pela pandemia). A nossa equipa está de parabéns pelo trabalho que conseguiu realizar durante este período conturbado e incerto.
Que adaptações foram feitas, nesse período, que se mantiveram, entretanto, ativas?
A obrigatoriedade de utilização de máscara, desinfeção de mãos e utilização de comunicação interativa com cores, indicando a forma pretendida de interação de trabalho entre colaboradores (manter a distância 1,5m; falar, mas com máscara; falar, mas sem tocar). A sinalização na empresa e comunicação interna de alterações da DGS e comportamentais.
Quais os desafios que antecipa para os próximos tempos, tendo em conta as contingências causadas pela pandemia?
Estamos perante uma situação atípica que nos colocou um grande desafio de adaptação da atuação do grupo, quer na adoção de medidas de proteção, quer na definição de novas formas de comunicação com os nossos clientes, fornecedores e parceiros. Nesta altura não é possível antecipar os efeitos que o prolongamento indefinido da situação pandémica poderão causar na economia em geral e, em particular, na atividade do grupo, mas estamos preparados para reagir e continuar a evoluir. Não podemos parar de acreditar. É preciso adaptar, transformar, comunicar e partilhar valores eticamente responsáveis de forma a “reConstruirmos Juntos” um mundo melhor.
Muito boa entrevista ao Grupo Flux!
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