O medo esteve sempre presente durante este período. O que aconselha aos portugueses que vivem com membros da família infetados ou não podem estar com eles?
O medo é algo essencial à nossa sobrevivência. Ele impulsiona-nos para a proteção. Transforma-se num problema quando nos impede de agir. Viver com familiares infetados pode gerar o medo da perda do familiar em questão, bem como o medo do contágio, por isso é importante ter uma atitude consciente, protetora e não permitir que as emoções se sobreponham à razão. O nosso conselho é que considerem este tempo em que estão juntos como uma oportunidade para desfrutar da companhia de quem amam e também para enaltecer ou despertar em nós um verdadeiro sentimento de compaixão. Desta forma iremos suscitar sentimentos de felicidade nos outros e naturalmente quando partilhamos a felicidade, esta aumenta em nosso favor. Através das novas tecnologias, com as videochamadas, é possível estar próximo, mesmo estando longe.
Considera que pode ter havido habituação dos portugueses ao confinamento?
Alguns estudos mostram que o ser humano demora 21 dias para criar alguns hábitos simples, assim sendo é natural que muitas pessoas tenham adquirido novas rotinas, como forma de se adaptarem ao confinamento, e isso é muito positivo, demonstra a grande capacidade de adaptação do Ser Humano a novas formas de Ser e de Estar. Mais importante que a habituação será a mudança, a aprendizagem que os portugueses podem realmente retirar deste período de confinamento. Além disso, a habituação pode criar rotinas positivas, que sejam para manter mesmo depois do desconfinamento.
Que conselhos dá aos portugueses no regresso à normalidade?
O conselho é que seja uma adaptação gradual, para que não haja sofrimento, que poderá desencadear uma série de problemas ao nível psicológico e emocional, como depressão e crises de ansiedade. Deve, gradualmente, ir alterando as rotinas, mas não precisa de ser um corte total com rotinas e hábitos que se adquiriram durante o confinamento, pois este foi também um momento de aprendizagem, em que cada pessoa poderá ter percebido a importância de algo fundamental – ter tempo para cuidar de si – e isto pode e deve ser integrado no pós-confinamento, aprendendo a dividir o dia entre trabalho, lazer e dedicação à pessoa mais importante – o próprio.
Que conselho dá aos pais na supervisão dos mais jovens, após o período de confinamento?
Os pais tiveram uma tarefa muito árdua – tiveram de ser pais, professores e muitos ainda a dar continuidade ao seu trabalho em teletrabalho. Agora que terminou o confinamento, é importante conversar com as crianças e jovens, sem alarmismos, mas mostrando de forma clara que a situação melhorou, no entanto ainda não é um regresso à normalidade. Assim sendo, terá de haver um ajuste comportamental à situação vivida atualmente. De forma gradual, poderão levantar-se algumas restrições, mas para já ainda manter um comportamento consciente, protetor e de respeito pelo outro. Não é apenas não ficar doente, mas também impedir que o outro fique doente. Para isso terá de haver uma consciencialização coletiva para que os comportamentos sejam os melhores, os mais saudáveis.
A Lugar Seguro oferece serviços como hipnose clínica, Reiki, nutrição, cura reconectiva, entre outros. Quão importante é manter esta diversidade e modernização no tratamento de cada paciente?
Esta diversidade existe para melhor corresponder às necessidades de cada paciente. Os ser humano é composto por várias dimensões, física, social, psicológica e espiritual. Assim sendo, é de grande importância a existência de diversas valências para que seja possível atuar em todas as dimensões do ser humano. Na Lugar Seguro vemos cada paciente como um ser único e especial e é dessa forma que trabalhamos com ele, em equipa, ajustando a terapia às suas necessidades, crenças e preferências. É o que chamamos de uma terapia feita à medida. A flexibilidade dos nossos serviços é uma mais-valia para todos os que procuram o seu equilíbrio, pois não tratamos apenas patologias. Para o bem-estar do ser humano a procura de equilíbrio, a evolução, a necessidade de potenciar as suas capacidades, atingir os seus objetivos, parar com os seus padrões negativos automáticos, aprender a ser feliz, ou simplesmente aumentar a sua capacidade de concentração é algo que ensinamos.
Os vossos serviços estão disponíveis online?
Sim, todos os nossos serviços estão disponíveis online, quer por videochamada, whatsapp, videoconferência, entre outros. Neste tempo de confinamento continuamos sempre muito próximos dos nossos pacientes, tentando minorar as suas preocupações e problemas, também potenciando recursos.
A Lugar Seguro possui também um local onde as pessoas podem ter um tratamento mais específico e intenso?
É verdade. Para corresponder à necessidade de todas as pessoas, a Lugar Seguro possui instalações para consultas e internamento, na Quinta Maria Luísa – Quinta terapêutica e pedagógica em Paços de Ferreira. A Quinta Maria Luísa possui uma área coberta de 700 m2 e uma área descoberta de 5.000 m2 para que as pessoas se sintam num hotel rural, onde existe piscina, salão com piano, bilhar, biblioteca, jardim envolvente, quartos privados com suite, tratamento de roupa, alimentação e cuidados 24h por dia.
Existem outros aspetos que vos diferenciem?
A Lugar Seguro diferencia-se das outras clínicas por diversas razões: estamos em constante investigação de novas técnicas e metodologias no sentido de melhor corresponder às necessidades de todos aqueles que nos procuram. Possuímos técnicas exclusivas, que foram desenvolvidas por nós, com resultados comprovados, após um longo período de investigação e experimentação. Mais importante do que as técnicas, como dizia Carl Gustav Jung “Ao tocar uma alma humana seja apenas uma outra alma humana”, e é isso que praticamos na nossa clínica. Um atendimento próximo, vendo a pessoa que nos procura como um todo e um verdadeiro cuidado em ver através dos seus olhos, em crescer junto com ele, tocando e transformando vidas. Devolvendo sorrisos a quem já se esqueceu de como sorrir.